Ministrado na IEPL - RP em 25.09.2020
https://drive.google.com/file/d/1EEElNjeogfaWAU_HYzOScQltMgELm43w/view?usp=sharing
"Minha herança pela graça, é a Palavra de Deus, e o meu legado, os frutos da meditação na Escritura." - Fellipe Costa
Ministrado na IEPL - RP em 25.09.2020
https://drive.google.com/file/d/1EEElNjeogfaWAU_HYzOScQltMgELm43w/view?usp=sharing
Texto: Provérbios 4:1,2
´´OUÇAM, MEUS FILHOS, A INSTRUÇÃO DE UM PAI; ESTEJAM ATENTOS E OBTERÃO
DISCERNIMENTO. O ENSINO QUE OFEREÇO A VOCÊS É BOM; POR ISSO NÃO ABANDONEM A
MINHA INSTRUÇÃO.´´ - Bíblia NVI Online (Nova Versão Internacional)
Verdade prática: Deus, nosso Pai celestial é o
progenitor da instrução e do discernimento. Se aceitarmos sua instrução e o
buscarmos com atenção, Ele concederá discernimento e nos dará a interpretação
da sua Lei.
INTRODUÇÃO
A interpretação das Escrituras é uma competência imprescindível aos
filhos de Deus. A interpretação textual exegética da Bíblia e a orientação do
Espírito Santo, nos permitem a real compreensão dos textos sagrados, ampliando
nosso entendimento acerca da essência e da ideia principal da Palavra de Deus.
Não basta ouvir a instrução do Pai, pois, também precisamos do discernimento
concedido unicamente por Ele. O Bispo Robson Rodovalho assim afirmou: ´´A
Bíblia é o único livro que você lê na companhia do autor! Aprenda com o autor
da vida – Jesus´´.
I- A HERMENÊUTICA BÍBLICA (EXEGESE) DAS ESCRITURAS
O Termo Exegese vem do grego e significa ´´extrair;
puxar de dentro para fora´´, sendo assim, a Exegese busca descobrir a
intenção original do texto bíblico. Portanto, praticar Exegese consiste em
descobrir e conduzir para fora a mensagem do texto de forma mais profunda. Muitas
das falhas exegéticas, ou seja, falhas de leitura ou interpretação da Bíblia se
dão pelos ´´abismos´´ que existem entre nós e a palavra de Deus, que maioria
das vezes são desconhecidos ou desconsiderados. Sobre estes abismos e como
praticar Exegese de forma sucinta, devemos considerar:
1. O ABISMO HISTÓRICO
a. Consideração histórica. O abismo histórico e cultural é
de difícil transposição. Sendo um livro antigo composto por livros, a Bíblia
foi escrita em histórias, épocas e culturas diferentes, esta consideração é
essencial por se tratar dos fatores históricos e culturais envolvidos no
conteúdo descrito pelo autor.
b. Consideração autoral. A Bíblia deve ser lida e interpretada
na mentalidade do escritor considerando sua respectiva época, costumes ou
culturas correlatas a época do autor e não as derivadas do século
XXI. Diferente da anterior, essa consideração está ligada aos fatores
históricos e culturais correlatos ao autor e não ao conteúdo.
2. O ABISMO GEOGRÁFICO
a. Geografia Bíblica do oriente médio. O abismo geográfico trata da distância entre a geografia bíblica, característica do oriente médio e a do século atual. Sobretudo, devemos ter a ciência de que a geografia do oriente médio nos tempos bíblicos é totalmente distinta dos dias atuais.
b. Climatologia ou Meteorologia na Geografia Bíblica. O abismo
geográfico não compreende apenas o fator geográfico local do oriente médio
Bíblico, mas, principalmente os fatores clima e tempo. Estes dois fatores,
embora de forma limitada, estão presentes e ocorrem de forma sucinta nas
Escrituras, por isso, devemos considerar a geografia bíblica, bem como o clima,
tempo, pois, em alguns momentos podemos ter a noção do tempo, período ou
estação de acordo com a descrição climática do texto bíblico.
c. A Climatologia da Geografia Bíblica e o Judaísmo. As estações do ano,
bem como o fator climático da Geografia Bíblica está totalmente conectado ao
Judaísmo, por exemplo, no Calendário Judaico, nas Festas celebradas pelo povo
de Israel e na agricultura.
3. ABISMO LINGUÍSTICO
a. Idiomas originais. A Bíblia não foi escrita no português. Foi escrita originalmente em hebraico, parcelas em aramaico e o novo testamento praticamente todo no grego. Considerar o significado original das palavras do texto bíblico dispõe de um ato divisor de águas, esclarecedor de dúvidas e revelador de mistérios escondidos e ocultos, oriundos da Terceira e Quarta dimensão do método PARDES (tópico IV).
b. Expressões linguísticas particulares. A Bíblia utiliza expressões idiomáticas – linguísticas; de determinada língua ou região. Originalmente escrita em hebraico, aramaico e grego, a Bíblia utiliza várias expressões de determinados lugares, culturas e línguas da época Bíblica, por exemplo, ´´dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões´´ - At 9:5; 26:14; Gl 1:1.
c. Exegese Bíblica e Eisegese pessoal. Se tratando de interpretação ou aplicação dos textos sagrados, existem dois termos semelhantes no grego, mas de significados diferentes, são eles:
i.
EISEGESE. Quando o leitor, pregador, professor ou afins aplicam seus ideais
pessoais ao texto bíblico, forçando ou induzindo-o a falar o que ele quer que
seja dito, popularmente chamado de "violência hermenêutica /
violência textual", caracterizando a distorção do real sentido
dos textos sagrados.
ii. EXEGESE. É exercida quando o leitor extrai
o significado original do texto bíblico e o que ele diz de fato, o que o autor
quis dizer quando escreveu.
II- TIPOS DE LINGUAGEM DAS ESCRITURAS
Precisamos identificar a linguagem pelo
qual a Bíblia é composta, pois, muitas heresias são frutos interpretações
equívocas da palavra de Deus, isso porque confundem os tipos de linguagem da
Bíblia. Seus tipos de linguagem são basicamente:
Linguagem Literal. É o tipo que enfatiza a realidade em
todo o contexto onde possa ser usada e aplicada, pois, seu centro são os fatos
reais onde vemos a primazia de realidade;
Linguagem Figurada. É o sentido da Palavra que expressa
símbolos, metáforas para mostrar fatos reais. Jesus foi quem mais usufruiu
deste tipo de linguagem para ensinar através das parábolas, histórias que
representavam a realidade;
Linguagem Alegórica. Exposição de um
pensamento ou ideia através de figuras. Diferente da figurada, a alegórica se
baseia nas opiniões próprias do pensador, enquanto a figurada expressa a
realidade do cotidiano e vai além do literal.
Linguagem Direta. Pode indicar tempo, sujeito ou público
específico, como por exemplo, Israel e a igreja de Cristo. É muito comum
confundir o contexto e a quem se destina. Vemos este equívoco com os 144.000 de
Apocalipse 7:2-4 que apontam para Israel (12.000 de cada uma das 12 tribos),
onde muitos o aplicam para a igreja ou determinada denominação e aos gentios
alegando ser o número de salvos que vão morar no céu.
Linguagem Diatríbica. O Diatribe era um
método bastante utilizado pelo Apóstolo Paulo. Diatribe, na literatura grega filosófica a qual nasceu
esse gênero significa “passatempo”, “divertimento”, “dissipação”,
“conversação”. A diatribe consiste em expor ideias, doutrinas
filosóficas ou morais em forma de diálogo, possuindo gênero coloquial e dotado
de sentenças curtas ou condicionais, com o interesse de dialogar com um
interlocutor imaginário. Consistia em criar um pequeno diálogo direto com
o leitor (Rm 2:1–5,17–29),
mais evidente nas cartas Paulinas através das perguntas, onde ele mesmo as
fazia e respondia em seguida (Rm 2:3,4,21,22,26).
III- O MÉTODO DE ESTUDO SINTÉTICO DAS ESCRITURAS
Um dos métodos de estudo da Bíblia conforme seus preceitos hermenêuticos é o Estudo Sintético, que se baseia no esboço de cada livro nela contido. Este Método pode ser comparado a um viajante que deseja conhecer e explorar a região em que está, para isso, ele sobe uma montanha próxima afim de obter uma visão global e panorâmica da mesma. No nosso caso, significa estudar o conteúdo geral de cada livro – subir a montanha para obter a visão panorâmica; antes de interpretar ou analisar – conhecer ou explorar a região. Este método estuda o texto Bíblico através da:
1. Contextualização
Bíblica. Consiste em considerar a Bíblia como um todo, isto é, seus 66 livros
para a devida interpretação do texto bíblico;
2. Contextualização
Coletiva. Consiste em considerar cada grupo de livros da Bíblia como um todo,
isto é, incluir cada grupo de livros na contextualização, esse ato deve
preceder as considerações finais da interpretação feita pelo leitor;
3. Contextualização
Bibliográfica. Consiste em considerar cada livro da Bíblia como um todo para a interpretação
do texto bíblico;
4. Análise
Sistemática. Consiste em considerar o Esboço sistemático de cada livro da
Bíblia, isto é, as respectivas divisões de cada livro da Bíblia por partes ou
sessões.
IV- O MÉTODO DIMENSIONAL ´´PARDES´´ DAS ESCRITURAS
Pardes na tradução
literal significa Jardim ou Paraíso, porém, é o acróstico de um
método de estudo das Sagradas Escrituras dividido em quatro classes, cada um
atendendo uma capacidade, em outras palavras, Pardes representa
quatro abordagens diferentes da Exegese das Escrituras Sagradas no Judaísmo
rabínico.
As iniciais das quatro dimensões juntas formam o acrônimo hebraico PRDS ou
PaRDeS = Paraíso! Por isso, quem entra nas dimensões
da Torah e as põe em prática é bem aventurado. Este encontrará
e herdará o PARDES, Paraíso:
“Examinais as Escrituras (Torah), porque
julgais ter nelas a vida eterna (Pardes); e são elas que dão
testemunho de mim” Yohanam (João) 5:39.
De forma semelhante, o Alcorão (livro
sagrado do Islã, cujos Muçulmanos acreditam ter sido revelado por Alá a
Muhammad – Maomé); tem quatro
níveis de interpretação similares ao Pardes:
´´ O Livro de Alá tem
quatro coisas: expressão literal (ibāra), alusão (ishāra),
sutilezas (laṭā'if) e realidades mais profundas (ḥaqā'iq).
A expressão literal é
para o povo comum ('awāmm), a alusão é para a elite (khawāṣṣ), as
sutilezas são para os amigos de Alá (awliyā'), e as realidades mais
profundas são para os profetas (anbiyā').´´
O método dimensional do Pardes (פרדס) de interpretação distingue quatro tipos de abordagem das Escrituras, também chamadas de dimensões. A existência da interpretação Bíblica em dimensões compreende:
a. Diferentes
níveis de dificuldade para cada caso específico, considerando as variáveis do
nível de conhecimento em cultura Bíblica, Judaica, Idiomas e o próprio
conhecimento das Escrituras;
b. Diferentes
aplicações e modelos de interpretação para cada texto das Sagradas Escrituras,
sendo assim, a Bíblia é composta por textos dimensionados, ou seja, os textos
possuem dimensões e grau de dificuldade distintas;
c. Diferentes formas de
ensinar o conhecimento das Escrituras com base no grau de dificuldade de cada
pessoa, ou seja, de acordo com a dimensão em que o indivíduo se encontra;
d. Um
parâmetro que indica o grau de dificuldade de cada indivíduo. Esse parâmetro
auxilia o Tanna – Rabino; no ensino do seu Talmidim –
discípulo; não apenas a identificar seu grau de dificuldade, mas
principalmente, como um regulador que indica o grau de conteúdo, conhecimento e
informações a ser transmitido por ele, de forma que o Talmidim entenda
o que está sendo ensinado.
1º PSHAT, O SIGNIFICADO LITERAL E SIMPLES
DO TEXTO. Pshat (פשט): É a análise
direta, SIMPLISTA, rudimentar de um versículo ou passagem. Também
chamado de Peshat, este é o "simples significado" ou
literal. Assim é ensinado para as crianças e adultos que ainda não estão
familiarizados com a Literatura da Torá, pois, o ensinamento Literal é o mais
apropriado neste caso.
- O Pshat como primeira dimensão das Escrituras, compreende
o primeiro tipo de linguagem da Bíblia: o Literal. Neste, vemos a primazia da
realidade em todo o contexto de uso e aplicação.
- Esta dimensão é a base de todos que se aproximam das Escrituras, desde
crianças a idosos, conhecedores ou desconhecedores, pois, ela enfatiza os fatos
e descrições reais do texto bíblico.
- O Pshat engloba os textos da Bíblia que em suma, não
requer do Talmidim grande conhecimento em hermenêutica,
hebraico bíblico, cultura judaica, homilética, etc. Requer unicamente a
interpretação literal e simples dos textos assim classificados.
- Comparando o conceito didático do Alcorão com a Torá compreendemos que:
1. A
primeira dimensão das Escrituras - Expressão ou
significado literal; é para o povo comum;
2. A segunda dimensão – No alcorão sutilezas e na Torá escondidos; são para os amigos de Deus;
3. A terceira – Alusão no alcorão e significado homilético na Torá; é para a elite; e
4. A
quarta – No alcorão realidades mais profundas e na
Torá segredos; são para os profetas.
2º REMEZ, O SIGNIFICADO ESCONDIDO. Remez (רמז) - SUGESTIVO, sentido tipológico, que alude ou exige uma exposição ampliada do sentido literal. Remez ou "dicas", vem de um significado alegórico, um ensinamento mais profundo, e não apenas a expressão literal. O Remez é atingido por pessoas com melhor nível cultural bíblico e amplo conhecimento de Torá.
3º DRASH, O SIGNIFICADO HOMILÉTICO. Drash (דרש): DEMANDADO, método midráxico (heb. Midrash), por comparação, ocorrências. Drash ou "interpretação"; descobrir o significado através do Midrash, analisando as palavras, a colocação, os formatos das Letras, por comparação palavras e formas e também por ocorrências semelhantes noutros locais. Aqui este nível está disponível para pessoas de grande conhecimento em Torá.
- O método homilético requer maior profundidade e contato com os idiomas originais, onde geralmente, busca-se o significado no idioma origem para interpretar ou descobrir o real significado de acordo com os originais, realizar comparações entre termos semelhantes em outras passagens da Bíblia como um todo, considerar a simbologia das palavras e letras através dos idiomas originais, utilização de métodos Judaicos para analisar, aplicar e interpretar os textos bíblicos, tais como, a Guematria Hebraica, os Saltos Equidistantes, etc .
4º SOD, O OCULTO, MISTERIOSO. Sod (סוֹד) ou o "segredo", é o significado OCULTO, místico e metafísico de uma passagem. Trata-se aqui de um conhecimento secreto, geralmente está mais para as pessoas que estão com um nível muito avançado de conhecimento de Torá. No caso o Sod é alcançado, por exemplo, por profetas, exegetas, rabinos.
REFERÊNCIAS
CANTO; Kevin Flores. MOSHEH; Rosh Bem Shalom. Guematria. Disponível em: https://docplayer.com.br/16680823-Por-rosh-mosheh-bem-shalom-guematria.html. Desde: 2016.
CHAI; Yeshua. TORAH ETERNA. RETORNANDO A TORAH. Guematria. Disponível em: https://toraheterna.blogspot.com/2016_07_15_archive.html. Desde: 15/07/2016.
WIKIPÉDIA; A Enciclopédia Livre. Pardes. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pardes#:~:text=Pardes%20%C3%A9%20um%20acr%C3%B3stico%20que,das%20obras%20exeg%C3%A9ticas%20mais%20populares. Acessado em 15/09/2020.
Texto: João 5:39
“EXAMINAIS AS ESCRITURAS, PORQUE VÓS CUIDAIS TER NELAS A VIDA ETERNA, E SÃO ELAS QUE DE MIM TESTIFICAM´´.
Verdade prática: As Escrituras são o padrão de inspiração e julgamento das revelações de Deus. É a regra de fé do cristão, a arma do soldado de Cristo, a espada do Espírito, bússola para os perdidos e o manual de instrução do homem criado por Deus.
INTRODUÇÃO
O nome ´´Bíblia´´ é proveniente do grego biblion ou biblos e significa ´´livros´´. Os livros canônicos - considerados inspirados pelo Espírito Santo; servem de regra de fé, padrão ou norma para julgarmos toda a revelação de Deus. A palavra ´´cânon´´ vem do grego kanon: ´´regra, medida, padrão pelo qual se mede alguma coisa´´. Aplicado à Bíblia significa que os livros chamados canônicos seguem um padrão de inspiração, que constitui uma regra de fé aos que dele usufruem.
I - TANAKH: CÂNON HEBRAICO DO VELHO TESTAMENTO - 39 Livros
1. TORAH (TA) - PENTATEUCO. São os
cinco livros de Moisés, geralmente alocados no princípio como os cinco
primeiros livros da Bíblia - embora o livro datado com maior antiguidade historicamente seja o livro de Jó; são eles: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio.
Chave: A Torá de Moisés, origem de todas as coisas, patriarcas,
Israel, escravidão, libertação do Egito, peregrinação no deserto, mandamentos e
leis de Deus para Israel.
2. NEVI´IM (NA) - PROFETAS - 17 Livros. São os
registros escritos pelos profetas chamados por Deus, tanto os maiores quanto
menores. Este adjetivo refere-se ao volume escrito por eles, não perfazendo
referências ao ´´grau ministerial´´ ou distinguindo a importância de uns como
´´maiores´´ e outros como ´´menores´´, pois, independente o adjetivo, todos
compõem a mesma importância para Deus e para as Escrituras.
Chave: Profecias ou predições sobre o povo de Deus e
outras nações.
a. Maiores ou
Anteriores. São chamados ´´maiores´´ devido ao seu maior
conteúdo literário e ´´anteriores´´ devido ao seu grau prioritário na
alfabetização bíblica na cultura judaica. Juntos somam cinco Livros, a saber:
Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel.
b. Menores ou Posteriores. São chamados ´´menores´´ por seu menor conteúdo literário e ´´posteriores´´ por seu grau de importância na continuidade do aprendizado judaico dos profetas chamados ´´anteriores´´. Juntos somam doze livros, sendo eles: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
3. KETHUVIM (KH) - ESCRITOS - 17 Livros. Este compêndio dos
textos canônicos hebraicos é composto pelos livros históricos e poéticos que
somam dezessete livros.
a.
Históricos. São
doze livros. Os livros considerados históricos são: Josué, Juízes, Rute, I e II
Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
Chave: Entrada de Israel na Terra prometida, História da nação de
Israel até a destruição de Jerusalém e a história dos judeus após o retorno do
cativeiro.
b.
Poéticos. São cinco livros. Os livros de conteúdo poético são: Jó, Salmos,
Provérbios, Eclesiastes e Cantares.
Chave: Coleção de cânticos, orações e declarações sábias.
II - SEPTUAGINTA: CÂNON GREGO DO NOVO TESTAMENTO - 27 Livros
1.
EVANGELHOS - 4 Livros. Também são chamados de ´´livros biográficos´´ totalizando quatro
livros. Apesar de receberem o título de ´´evangelhos´´ devido aos quatro
escritores e descrições particulares do Messias, eles falam de um único
Evangelho - o de Jesus Cristo; assim, não são quatro evangelhos, mas um, a
saber o de Cristo segundo a visão de cada escritor contemporâneo de Jesus. Os quatro são Mateus, Marcos, Lucas e João em suas respectivas descrições acerca do Filho de Deus.
Chave: Vida e ministério de
Jesus Cristo.
2. HISTÓRICO - 1 Livro. É considerado o único livro histórico do NT, pois, retrata
o início da igreja primitiva, os atos do Espírito Santo através dos apóstolos,
bem como seus ministérios, obras, Evangelismo e Missões dos mesmos sob tutela
do Espírito Santo. As viagens missionárias do apóstolo Paulo também contemplam
a história da propagação do Evangelho de Cristo, principalmente.
Chave: Origem da igreja cristã
primitiva, vida e ministério dos apóstolos cheios do Espírito Santo e origem do
serviço Missionário.
3. EPÍSTOLAS - 21 Cartas. São as cartas que
foram redigidas pelos escritores para determinados fins e públicos, que
careciam de exortação, edificação espiritual, correção, etc.
a.
Paulinas. São as treze cartas redigidas pelo Apóstolo Paulo, por isso chamadas
´´Paulinas´´, a saber: Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses,
Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito e Filemon.
Chave: Cartas a várias igrejas e cristãos individuais.
b.
Gerais. As
oito epístolas gerais são: Hebreus, Tiago, I e II Pedro, I, II, III João e
Judas.
Chave: Cartas aos cristãos em geral.
4. PROFECIA - APOCALIPSE. Ou Revelação, é o único livro ou carta do NT considerado
profético, pois, semelhante ao livro de Daniel do VT, contempla os assuntos
referentes as últimas coisas, como o arrebatamento da igreja, a grande
tribulação, surgimento da besta, governo do anticristo, trabalho do falso
profeta, reino milenial, armagedom, entre outros tópicos relacionados ao Apocalipse, a que conhecemos teologicamente pelo nome ou disciplina de ´´Escatologia´´.
Chave: Visões proféticas do fim dos
tempos dadas por Deus a João.
CONCLUSÃO
Precisamos examinar as Escrituras para conhecer a Deus. Entender sua respectiva composição, divisão e descrição de maneira geral, consiste em compreender a mensagem do Senhor contida neste livro sagrado. A Bíblia é o maior best seller dos livros, contudo, não é um simples livro, é a mente, a palavra, os preceitos e a biblioteca de Deus para o homem.