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quinta-feira, 4 de março de 2021

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COMO JESUS NÃO SABE O DIA NEM A HORA SE ELE É DEUS?

TEXTO: Mateus 24:36

“Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai.” 

Verdade prática: Jesus é Deus e essa verdade é destacada em vários textos ao longo da Bíblia. Além disso, ela afirma que Jesus sendo Deus sabe de todas as coisas (Jo 2:24,25) e é dotado dos mesmos Atributos de Deus. Contudo, ao habitar entre nós e humilhar-se a si mesmo, tomando a forma de homem, Jesus esvaziou-se de sua glória - dignidade; tornando-se plenamente homem. Ele é cem por cento Deus e cem por cento homem!

INTRODUÇÃO: Existem passagens que mesmo indiretamente, afirmam a divindade de Cristo. Por exemplo, quando a Bíblia equipara a glória de Jesus com a do próprio Deus (1 Co 2:8; 2 Co 4:4; Hb 1:3; Tg 2:1 e Jo 17:5). Em João 12:41, a glória de Deus em Isaías 6 é a manifestação da glória de Jesus, ou ainda, em Ef 1:17, onde Paulo nos revela Cristo como o Pai da gloria. Portanto, antes de responder a questão que permeia esta leitura, precisamos passar por dois passos, que consistem na plena compreensão das essências divina e humana de Jesus, respectivamente nos pontos I e II do desenvolvimento a seguir.

I - ASPECTOS INCONTESTÁVEIS DA DIVINDADE DE CRISTO

a. O Criador envia Suas testemunhas. Jesus como Criador (Jo 1.1-3) envia testemunhas como o próprio Deus (compare Is 43.10; At 1.8), declarando-se Deus (Mc 2.7-12; Jo 8.56-58, 10.30) e julgando, no final dos tempos, "os segredos dos homens" (Rm 2.16). Ele envia seus representantes pela terra afim de que os homens se arrependam e convertam de seus caminhos e "segredos". Detenhamos agora a compreensão sobre a coexistência das duas naturezas distintas em Jesus - humana e divina.

b. Orar e adorar a Jesus. A Jesus são dirigidas orações e Ele recebe adoração (Ap 5.13; 7.10; 22.20; At 7.59; 9.13 e 1 Co 16.22). No original grego, o mesmo termo usado para se a adoração devida somente a Deus em Mateus 4.10 (proskyneia) é utilizado para descrever a reação das pessoas em relação a Jesus (Mt 2.2,8,11;14.33; Mc 5.6; Jo 9.38). Os discípulos o adoraram (Mt 28.17; Lc 24.52). Os anjos o adoram (Ap 5.11-12). E detalhe: em todas essas passagens, Jesus aceita a adoração. Porque Ele é Deus!

c. O poder de perdoar pecados. Jesus como homem, não apenas viveu em santidade em toda Sua maneira de viver (Is 53:9; Jo 8:46; 1Pe 2:22), como foi reconhecido Justo e Santo após a sua morte (Mt 27:14; Mc 15:39; Lc 23:41,49). Sendo Deus e Santo por excelência, Jesus detinha autoridade para perdoar os pecadores (Mt 9:2-6; Tg 5:15. 1Jo 2:12), do contrário, intercederia ao Pai para que liberasse o perdão como faziam os sacerdotes (Lv 4:20; Nm 15:25).

II - CONCEITOS DAS DUAS NATUREZAS DE CRISTO

1. A união perfeita. As duas naturezas de Cristo coexistem "sem confusão, mudança, divisão e separação". Jesus é consubstancial conosco na humanidade e consubstancial com o Pai na divindade (homoousios). No original grego "uma subsistência" é hypostasis e traz a ideia de uma união perfeita das duas naturezas (sem diminuição de nenhuma delas) em uma única pessoa, no caso Cristo, pleno homem e pleno Deus.

2. Não renunciou suas funções e atributos divinos. Esse princípio da Cristologia foi bastante defendido pelos reformadores ainda no século 16 e consiste no fato de que mesmo em Sua vida terrena, Ele continuava com suas funções de Sustentador de todas as coisas (Cl 1.17 e Hb 1.3). Jesus também permaneceu superior aos anjos, porque, mesmo sendo homem, continuava sendo o que sempre foi, é e será - Deus (Mt 26.53, Hb 1.4-13, 13.8).

3. Cristo não se despiu de sua divindade, mas de sua glória. A Teoria de Kenosis diz que Jesus aqui na Terra, despiu-se de sua divindade. A base é uma frágil interpretação de Filipenses 2.7, onde diz que Jesus "esvaziou-se" ou "aniquilou-se a si mesmo" (Gr.ekenõsen/ "esvaziou-se"- por isso o nome da Teoria ). O texto não diz que Jesus renunciou seus atributos divinos, mas sim sua glória, isto é, sua dignidade divina. Administrando seu próprio poder mesmo estando em carne, Jesus "tornou-se a si mesmo insignificante", como ressaltam os teólogos James Packer e Bruce Milne.

4. As duas naturezas em harmonia tiveram dois estados. Princípio também frisado pelos reformadores enfatiza o fato de que as duas naturezas de Cristo passaram por dois estados - um da sua concepção no ventre de Maria até a sua ressurreição; e o outro a partir da sua ressurreição e ascensão (At 2.22-36; 2Co 8.9, Fp 2.5-11), no qual Ele ressuscitou corporalmente, mas seu corpo, agora humano, neste novo estado, foi glorificado.

III - AFINAL, COMO JESUS NÃO SABE O DIA E A HORA SE ELE É DEUS? 

Jesus afirmou que não sabia o dia e a hora de sua segunda vinda apoiado em Sua humanidade, que tinha diversas limitações.

Esse fato não compromete em nada o poder de Jesus, já que sua humanidade teve um tempo limitado e Ele cumpriu Sua missão, assumindo Sua posição como Rei dos reis e Senhor dos senhores (1Tm 6.15; Ap 17.14), que sabe de todas as coisas. Essa “limitação” momentânea de Jesus, está no mesmo grupo de outras que a essência humana trazia sobre Ele, por exemplo, sentir fome, sede, tristeza, cansaço, etc.

REFERÊNCIAS

DA COSTA; Fellipe Matheus Dias. Regra de fé: A Santíssima Trindade. Ministério Povo Livre: 2018, SP. 62 pgs.

ESBOÇANDO IDEIAS. SANCHEZ; Presbítero André. Como Jesus não sabia o dia da sua segunda vinda se Ele é Deus? Disponível em: https://www.esbocandoideias.com/2014/12/como-jesus-nao-sabia-o-dia-da-sua-segunda-vinda-se-ele-e-deus.html. Acessado em: 04/03/2021.