segunda-feira, 24 de agosto de 2020

CONHECENDO A DEUS POR SEUS ATRIBUTOS

Texto: Isaías 55:8,9 ´´Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos, declara o Senhor. Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos.´´ 

Verdade Prática: Somos formados de características, enquanto nosso Criador possui Atributos. Ele é e está muito além de nós!

INTRODUÇÃO

O Deus que servimos transcende nosso entendimento e caráter. Fomos criados à Sua imagem e semelhança, dotados de consciência, livre-arbítrio, emoções, entendimento, características, mobilidade, capacidade de criar e inventar. Por outro lado, o Senhor possui Atributos, isto é, suas particularidades são infinitamente maiores que o ser humano. Deus não apenas tem Atributos, como é a personificação de cada um deles, o homem por sua vez recebeu características, extensões do seu Criador. Nesta lição iremos conhecer as duas classes dos Atributos de Deus.

I- OS ATRIBUTOS EXCLUSIVOS DE DEUS

a) Soberano. Deus é Supremo, Maioral, Rei dos reis, Senhor dos senhores. Entre tudo e todos os seres existentes existe apenas um governante mor: O Todo Poderoso (A Santíssima Trindade; pg.5). Isso significa que nada está fora do Seu controle, nem mesmo o poder e os planos de satanás, e que os Seus planos são, de fato, realizados!

b) Onipresente. Ele está em todos os lugares ao mesmo tempo, observando tudo o que ocorre em todos os lugares e tudo quanto fazemos, ou seja, Ele é infinito!(Sl 139:7-12; Jr 23:23-24; At 17:27-28)

c) Onisciente. Deus é o manancial de sabedoria (Sl 147:5; Rm 11:33) e o seu entendimento não pode ser medido (Is 40:28; 2Co 6:16a). Ele sabe todas as coisas (Sl 139:1-6; 147:5), conhece nossos procedimentos e pensamentos (1Sm 16:7; 1Rs 8:39; Sl 44:21; Jr 17:9-10), nada pode ocultar-se aos Seus olhos (Hb 4:13), sendo assim, Ele é presciente (sabe antes de tudo e de todos), conhece com precisão a condição de todas as coisas e acontecimentos possíveis, passados, futuros, predestinados ou reais (1Sm 23:10-13; Jr 38:17-20).

d) Onipotente. Seu poder é ilimitado, podendo segundo a Sua perfeição fazer qualquer coisa que desejar (Gn 18:14; Jó 42:2; Sl 93:4; Jr 32:12), Ele desconhece a dificuldade e o impossível (Gn 17:1; Êx 6:3; Lc 1:37). Ele é o Todo Poderoso e detém a autoridade sobre todas as coisas e criaturas (Sl 147:13-18; Jr 32:17; Mt 19:26). Quando necessário para cumprir Sua Palavra, Deus se autolimita temporariamente como, por exemplo, para destruir o diabo e toda a iniquidade (Ap 19:20).

e) Eterno. Ele é de eternidade a eternidade, isto é, não teve começo e nem terá fim (Sl 90:1,2; 102:12; Is 57:12), não existe explicação para Deus, Ele é a explicação, o Senhor não existe, Ele é, Ele é a causa de tudo, é o Alfa e o Ômega, primeiro e derradeiro, nunca houve ou haverá um tempo que o Senhor não exista! Aleluia! (Is 43:10,11)

f) Imutável. Deus não está sujeito as leis físicas, o tempo e o espaço não exercem influência sobre Ele (Tg 1:17). Ele não muda, é inalterável, incorruptível em Seus atributos (Nm 23:19; Sl 102:26-28; Is 41:4; Ml 3:6; Hb 1:11,12; 13:8). Isso não o impede de alterar Seu propósito ante o proceder humano, ou seja, Ele pode resolver se arrepender de castigar por causa do arrependimento sincero dos pecadores (Jn 3:6-10), isso não significa que Ele mudou em Seus atributos porque não pode negar a si mesmo (2Tm 2:13).

g) Perfeito e Santo. Ele é absolutamente isento de pecados e perfeitamente Justo (Lv 11:44, 45; Sl 85:13; Mt 5:48; 1Pe 1:15,16; 2:21,22). Adão e Eva foram criados sem pecado (Gn 1:31) mas com a possibilidade de cometerem pecado, Deus, porém, é Santo e o mal não pode com Ele habitar (Sl 5:4).

h) Transcendente. Deus é totalmente independente da Sua criação (Êx 24:9-18; Is 6:1-3; 40:12-26; 55:8,9), Ele está muito além de nós em aspectos gerais, isso significa que Ele é infinitamente maior do que tudo o que foi por Ele criado (1Rs 8:27; Is 66:1,2; At 17:24,25). Vale ressaltar: o fato de Deus transcender tudo não o impede de estar entre o Seu povo (Lv 26:11,12; Ez 37:27; 43:7; 2Co 6:16).

i) Triuno. Ele é apenas um (Dt 6:4; Is 45:21; 1Co 3:5,6; Ef 4:6; 1Tm 2;5), manifesto em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo (Mt 28:19; 2Co 3:14; 1Pe 1:2).  Ser uma pessoa implica em ter personalidade. Assim, personalidade é:´´Tudo o que distingue um indivíduo dos outros, ou seja, o conjunto de características psicológicas que determinam sua individualidade pessoal e social´´. O Dicionário de Psicologia assim define: ´´A personalidade é a totalidade psicológica que caracteriza a pessoa em particular´´ (A Santíssima Trindade; pg.35).  Por isso, cada uma das pessoas da Divindade, dotadas de personalidade, dos mesmos atributos exclusivos e morais, são plenamente divinas. São consubstanciais, coeternas e partilham de funções distintas no plano da salvação, possuem a mesma essência, o mesmo poder e a mesma glória, no entanto, não são três deuses e sim apenas um Deus!

II- OS ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS

a) Bom (Sl 25:8; 106:1; Mc 10:18). O Senhor criou tudo como extensão de Sua própria natureza, pois Ele criou e viu que era bom (Gn 1:4,10,12,18,21,25,31). Os homens se tornaram perversos e maus, mas, Iauê continua sendo bom para a Sua criação ao sustentá-la, para o bem de todas as suas criaturas (Sl 104:10-28; 145:9). Ele cuida também dos ímpios (Mt 5:45; At 14:17), mas, é bom principalmente aos que o invocam em verdade (Sl 145:18-20).

b) Amor (1Jo 4:8). O amor d´Ele é altruísta, pois, abraça o mundo todo que é composto pela humanidade pecadora (Jo 3:16; Rm 5:8). A principal manifestação desse amor foi enviar Seu Filho para morrer no lugar do homem (1Jo 4:9,10), não obstante, Cristo de braços aberto na cruz abraçou de tal forma como Deus abraça, e pelo seu sangue somos reconciliados com o amor paternal (Sl 119:11; Jo 14:21-24). 

c) Misericordioso e clemente (Êx 34:6; Dt 4:31; Sl 103:8; 145:8; Jl 2:13). Por ocasião dos nossos pecados é que Deus não nos extermina como merecemos (Sl 103:10; Is 59:1-8; Rm 3:23), ao invés disso Ele nos concede a graça, o favor que não merecemos, em forma de perdão como dom gratuito a ser recebido apenas pela fé em Cristo.

d) Compassivo (2Rs 13:23; Sl 86:15; 11:4). Deus se entristece pelo sofrimento dos homens e tem o desejo de ajudar. Ele proveu o perdão e a salvação à humanidade pela sua compaixão (Sl 78:38), bem como Jesus sentiu pelas pessoas ao concretizar a elas o novo ano do Jubileu como predisse Isaías (Is 61:1; Mt 9:36; Mc 1:41; Lc 4:18; Jo 11:33-35).

e) Paciente e lento em irar-se (Êx 34:6; Nm 14:18; Rm 2:4; 1Tm 1:16). A primeira ocorrência desse atributo na Bíblia foi após o pecado de Adão e Eva, na qual Deus não destruiu a raça humana como era Seu direito (Gn 2:16,17), como também foi paciente nos dias de Noé (1Pe 3:20), e assim continua, concedendo a todos a oportunidade de se arrependerem e serem salvos da Sua ira (2Pe 3:9).

f) A Verdade (Dt 32:4; Sl 31:5; Is 65:16; Jo 3:33). Cristo chamou-se a si mesmo de ´´a verdade´´ (Jo 14:6). O Espírito Santo é chamado de ´´ O Espírito da verdade´´ (Jo 14:17; 1Jo 5:6). Pelo fato do Senhor ser verdadeiro e fidedigno em tudo quanto diz e faz, por isso a Sua Palavra é chamada de a verdade (2Sm 7:28; Sl 11:43; Is 45:19; Jo 17:17). Ele é a própria Verdade, que não tolera a mentira ou a falsidade (Nm 23:19; Tt 1:2; Hb 6:18).

g) Fiel (Êx 34:6; Dt 7:9; Is 49:7; Lm 3:23; Hb 10:23). Deus cumpre Sua Palavra, suas promessas, advertências e propósitos (Nm 14:32-35; 2Sm 7:28; Jó 34:12; 2Tm 2:13) afim de Sua Palavra não retornar vazia (Is 55:11,12). Para o crente, essa fidelidade é de consolo inexprimível, mas, é um grande medo de condenação para todos os que não se arrependerem ou tampouco crerem no Senhor Jesus (Hb 6:4-8; 10:26-31).

h) Justo (Dt 32:4; 1Jo 1;9). A ordem moral do universo é mantida por Deus, Ele é reto e sem pecado em tratar a humanidade (Ne 9:33; Dn 9:14). A decisão d´Ele de castigar os pecadores com a morte (Rm 5:12), procede da Sua justiça (Rm 6:23; Gn 2:16,17). A luta contra o pecado decorre do Seu amor à justiça (Rm 3:5,6; Jz 10:7). Jesus Cristo que é chamado ´´ o Justo´´ (At 7:52; 22:14; At 3:14), também ama a justiça e abomina o mal (Mc 3:5; Rm 1:18; Hb 1:9), revelando a Sua ira contra todas as formas de iniquidade (Rm 1:18).

CONCLUSÃO

A aplicação dessa lição no decorrer da nossa vida será de suma importância para conhecer, entender e lembrar a essência de Jesus e do Espírito Santo, que, assim como o Pai, são dotados desses Atributos Exclusivos e Morais. Por exemplo, Pai, Filho e Espírito são a verdade (compare Is 65:16, Jo 14:6 e Jo 14:17; 1Jo 5:6). Cada um é onisciente (compare Sl 139:1-6, Jo 1:48,49 e Sl 139:7,8; At 5:3,4), onipotente (compare Sl 147:13-18; Mt 28:18; Ap 1:8 e Rm 15:13,19), eterno (compare Dn 7:9, Is 9:6 e Gn 1:2; Sl 90:2), etc. Confira mais sobre as descrições específicas de cada um nos artigos Quem é o Espírito Santo e Quem é Jesus Cristo neste blog. Deus em Cristo lhe abençoe.

REFERÊNCIAS

DA COSTA; Fellipe Matheus Dias. Regra de fé: A Santíssima Trindade. Ministério Povo Livre: 2018, SP. 62 pgs.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

BIBLIOLOGIA I: INTRODUÇÃO ÀS ESCRITURAS

Texto: Salmo 119:105 ´´LÂMPADA PARA OS MEUS PÉS É A TUA PALAVRA, E LUZ PARA O MEU CAMINHO.´´

Verdade Prática: Um discípulo deve andar com Deus para ter luz e não se perder nas trevas. A lâmpada sobre os pés e a luz que alumia o caminho é a palavra de Deus.

INTRODUÇÃO

Ter a Bíblia Sagrada é essencial para os discípulos tal como a arma de um soldado que milita. Ela é o livro mais vendido no mundo, o maior best seller, mas não como os demais. É o livro dos livros, o manual de vida do ser humano, a bússola para o perdido, a espada para os filhos da luz e o manancial de sabedoria de Deus. Ela contém a mente de Deus, o estado espiritual do homem, o caminho da salvação, a condenação dos ímpios e a felicidade dos santos.

I- ATUAÇÃO DE DEUS NAS ESCRITURAS

1. A Inspiração. A inspiração mostra a influência exercida por Deus sobre os escritores da Bíblia para que pudessem redigi-la (2Tm 3:16). O Espírito comunicava ao escritor que registrava conforme Sua direção. Deus não os usou de forma funcional e robótica como fantoches, mas em harmonia, com a intenção e o interior de cada escritor.

2. A Revelação divina e sua essência. A revelação mostra o esclarecimento de Deus aos escritores da Bíblia através de Sua palavra. Na Bíblia a essência primária da revelação de Deus é enfatizada:

a. Nas profecias: Que se cumpriram total ou parcial, algumas estão se cumprindo e muitas se cumprirão no futuro;

b. No tempo: Muitos livros se perderam com o decorrer do tempo, mas a Bíblia é sempre atual e não muda, de forma que podem céu e terra passar, mas a palavra permanece para sempre! (Mt 24:35). 

3. A Iluminação. A luz das escrituras veio primeiro aos escritores. Hoje a iluminação vem sobre os leitores da Bíblia, que mediante a permissividade do Espírito Santo são submetidos a compreender as verdades espirituais (1Co 2:10-14).

II- A HARMONIA DAS ESCRITURAS

1. Os Escritores. A Bíblia foi escrita por cerca de 40 autores, num período aproximado de 1600 anos. Eles tinham variadas culturas, épocas, experiências, mas a mensagem é única e harmônica. Moisés príncipe e legislador. Josué soldado e líder valoroso. Davi e Salomão reis e poetas. Isaías estadista e profeta. Daniel ministro de estado. Amós agricultor e vaqueiro. Pedro, Tiago e João pescadores. Lucas cientista, médico e historiador. Paulo teólogo erudito. Apesar da diversa formação, vemos a harmonia entre eles. Tratam de um só contexto, formando um só livro: a Palavra de Deus.

2. As Condições. Foram condições variadas sob as quais eles receberam e escreveram a palavra de Deus. Moisés escreveu seus cinco livros (Pentateuco) na peregrinação do Egito à Canaã, no deserto. Jeremias nas trevas e imundícies de um cárcere. Davi nas campinas, elevações dos campos e até mesmo em batalha. Paulo em viagens ou prisão. João na ilha de Patmos quando recebeu o Apocalipse.

3. As Circunstâncias. A inspiração e influência de Deus percorreram todos os escritores independendo as circunstâncias. Davi escreveu em meio à batalhas, Salomão na paz e conforto de seus palácios, alguns ainda se encontravam na mais profunda tristeza, enquanto Josué nas alegrias e conquista de Canaã. Em tudo isso vemos a conformidade e a harmonia da Bíblia, de Gênesis à Apocalipse. 

III- O MANEJO DAS ESCRITURAS

1. Nomes das Escrituras. Apesar de utilizarmos o termo Teológico Bíblia, os textos sagrados não contemplam este nome. Isso não significa que seja indevido ou antibíblico, pois, tais tipos de nomes são atribuídos com o objetivo de facilitar a pronúncia, aplicada e referida a verdades contidas no Livro Sagrado, assim, esse é um dos nomes que contempla verdades espirituais contidas nas Escrituras, tais como: Angelologia, Cristologia, Eclesiologia, Hamartiologia, etcO mesmo ocorre com o termo ´´encarnação de Cristo´´, pois, a Bíblia não utiliza o termo encarnação, mas, pela descrição da palavra usada comumente compreendemos que Cristo ´´encarnou´´ – veio em carne (1Jo 4:1-3). Seus nomes podem ser: Escrituras, Espada do Espírito, Lei, Livro Sagrado, Livro da Lei, Oráculo de Deus,  Palavra de Deus, Rolo, Sagradas Escrituras, etc.

2. Formação textual. O contato diário e devoto com a Palavra de Deus traz o aperfeiçoamento do discípulo em usar a palavra conforme agrada ao Senhor. Devemos antes de tudo compreender que ela é composta de:

2.1. Idiomas. A Bíblia foi escrita originalmente em Hebraico (AT), alguns trechos em Aramaico (AT) e Grego (NT). Apesar da diferença de estilo entre os livros, sugere-se que o Novo Testamento tenha sido compilado originalmente no Grego chamado Koiné (grego ´´comum´´ ou ´´vulgar´´, o segundo mais falado no império romano).

2.2. Livros. Bíblia vem do grego ´´Biblos´´ ou ´´Biblion´´ e significa simplesmente ´´Livros; Livrinhos´´, pois, é uma união de 66 livros em um único volume, harmônicos entre si são divididos em Cânon do Velho Testamento (VT / TANAKH) com 39 livros e Cânon do Novo Testamento (NT / SEPTUAGINTA) com 27. A bíblia católica possui 7 livros a mais no AT do que outras traduções utilizadas por religiões cristãs não católicas ou pelo Judaísmo. Esses livros são denominados ´´deuterocanônicos´´ ou ´´apócrifos´´, popularmente chamados de ´´livro do Segundo Cânon´´.

            

                                 Fonte: https://gracamaior.com.br/

2.3. Capítulos. Todos os livros são compostos por capítulos, exceto em Salmos, por exemplo, porque não é um livro, mas são 5 volumes de cânticos, louvores e orações diferentes de múltiplos salmistas e escritores. Podemos citar o caso da epístola de 2 João e de Judas, pois, são compostas por uma única divisão, sessão, que chamamos de capítulo. 

2.4. Versículos. Os versículos são os parágrafos que compõem o capítulo. Devemos compreender estes fatos para não confundir ambos. 

3. Abreviação e Representação textual. Usamos abreviações para referenciar os livros e textos da Bíblia. Para isso, é importante saber a abreviação correta de cada livro, geralmente exposto em índices, sumários, concordâncias ou tabelas. Por outro lado, temos as representações, que indicam onde a leitura do texto começa, termina, até onde vai o livro e onde está o texto. Veja alguns exemplos:

3.1. Exemplos de abreviação: GN (Gênesis), SL (Salmos); AP (Apocalipse);

3.2. Exemplos de representação.  

a. GN 1:1 Dois pontos indicam onde está o texto. Neste caso, antes do ponto temos o capítulo e depois o versículo, Texto no livro de Gênesis capítulo 1 e versículo 1.

b. GN 1:1-3 Traço indica uma leitura mista de no mínimo dois versículos. Antes do traço indica o verso inicial e após indica o final. Neste caso, o texto refere-se a Gênesis capítulo 1, versos 1 até o 3. 

4. Linguagem textual. Precisamos identificar linguagem pelo qual a Bíblia é composta, pois, muitas heresias são frutos interpretações equívocas da palavra de Deus, isso porque confundem os tipos de linguagem da Bíblia. Seus tipos de linguagem são basicamente:

4.1. Linguagem Literal. É o tipo que enfatiza a realidade em todo o contexto onde possa ser usada e aplicada, pois, seu centro são os fatos reais onde vemos a primazia de realidade; 

4.2. Linguagem Figurada. É o sentido da Palavra que expressa símbolos, metáforas para mostrar fatos reais. Jesus foi quem mais usufruiu deste tipo de linguagem para ensinar através das parábolas, histórias que representavam a realidade; 

4.3. Linguagem Alegórica. Exposição de um pensamento ou ideia através de figuras. Diferente da figurada, a alegórica se baseia nas opiniões próprias do pensador, enquanto a figurada expressa a realidade do cotidiano e vai além do literal.

4.4. Linguagem Direta. Pode indicar tempo, sujeito ou público específico, como por exemplo, Israel e a igreja de Cristo. É muito comum confundir o contexto e a quem se destina. Vemos este equívoco com os 144.000 de Apocalipse 7:2-4 que apontam para Israel (12.000 de cada uma das 12 tribos), onde muitos o aplicam para a igreja ou determinada denominação e aos gentios alegando ser o número de salvos que vão morar no céu. 

4.5. Linguagem Diatríbica. O Diatribe era um método bastante utilizado pelo Apóstolo Paulo. Diatribe, na literatura grega filosófica a qual nasceu esse gênero significa “passatempo”, “divertimento”, “dissipação”, “conversação”A diatribe consiste em expor ideias, doutrinas filosóficas ou morais em forma de diálogo, possuindo gênero coloquial e dotado de sentenças curtas ou condicionais, com o interesse de dialogar com um interlocutor imaginário. Consistia em criar um pequeno diálogo direto com o leitor (Rm 2:1–5,17–29), mais evidente nas cartas Paulinas através das perguntas, onde ele mesmo as fazia e respondia em seguida (Rm 2:3,4,21,22,26).

CONCLUSÃO

A Bíblia revela a existência de Deus e tudo o que Ele fez, faz e fará (Is 43:13). Conhecer a Bíblia não é simplesmente ´´tirar um versículo´´, mas sim ´´meditar nela de dia e de noite´´ (Sl 1:2) e ´´examinar as escrituras ´´ (Jo 5:39). Este deve ser o prazer dos discípulos de Cristo, pois, muitos são os que padecem e se perdem, pela falta do conhecimento. Isso é preocupante, pois, todos os que rejeitarem o conhecimento do Senhor também serão rejeitados por Ele (Os 4:6-8; Lc 10:16,32-39).

REFERÊNCIAS

DA COSTA; Fellipe Matheus Dias. Discipulado para o batismo. Ministério Povo Livre: Ribeirão Preto, SP. 2019. 40 pgs.

DESCONHECIDO. Bíblia: Uma biblioteca sem igual. Disponível em: https://gracamaior.com.br/mensagens/214-biblia-uma-biblioteca-sem-igual.html. 08/01/2012. Acessado em: 21/08/2020.

ILUSTRAÇÃO

DESCONHECIDO. Bíblia: Uma biblioteca sem igual. Disponível em: https://gracamaior.com.br/mensagens/214-biblia-uma-biblioteca-sem-igual.html08/01/2012. Acessado em: 21/08/2020.

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