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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

QUEM É O ESPÍRITO SANTO?

Texto: Atos 5:3,4 ´´Então perguntou Pedro: "Ananias, como você permitiu que Satanás enchesse o seu coração, a ponto de você mentir ao Espírito Santo e guardar para si uma parte do dinheiro que recebeu pela propriedade? Ela não lhe pertencia? E, depois de vendida, o dinheiro não estava em seu poder? O que o levou a pensar em fazer tal coisa? Você não mentiu aos homens, mas sim a Deus´´

Verdade Prática: O Espírito Santo partilha da essência Divina, é Deus; e possui personalidade, é uma pessoa.

INTRODUÇÃO

Ananias vendeu uma propriedade e reteve parte do preço sob ciência de sua mulher, o restante depositado nos pés dos Apóstolos. No entanto, Pedro cheio do Espírito Santo, pergunta o que teria levado ele a mentir ao reter a parte e completa afirmando que Ananias não mentiu aos homens (aos apóstolos), mas ao Espírito Santo; a Deus em outras palavras. Nesta lição conheceremos o Espírito Santo nos âmbitos Divino e pessoal de Sua eterna existência.

I- A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO

1. Prerrogativas divinas. O Espírito Santo partilha da mesma natureza e atributos de Deus, das quais se incluem o Pai e o Filho.

a. Onipresente (Jr 23:23,24; Sl 139:7-12). Bem como o Pai e o Filho, o Espírito Santo em Sua plenitude Divina está presente em todos os lugares. Isso não significa que Ele se revela todos eles, pois, Deus se revela somente aonde é convidado! (Sl 139:7; Ap 3:20-22).

b. Onisciente (Sl 139:2,7,8; At 5:3,4; 1Co 2:10,11). O Espírito Santo tem conhecimento pleno de tudo, todos os atos e pensamentos, Seu saber é perfeito e infinito sobre o passado, presente e futuro!

c. Onipotente (Lc 1:35; Jo 3:8; Rm 15:13,19). Igualmente com o Pai e com o Filho, Ele possui este mesmo atributo. Ser Onipotente implica em poder todas as coisas, ter poder para tudo, nada para Ele é difícil ou impossível! (Rm 15:19).

d.  Eterno (Gn 1:2; Sl 90:2; Hb 9:14 ). O Espírito Santo é eterno e estava presente no ato da criação antes da existência do homem, assim como o Pai e o Filho, Ele não teve princípio de dias e nem terá fim! (Sl 139:2).

2. Ele está associado ao Pai e ao Filho. A associação entre Pai, Filho e Espírito é unânime no plano da salvação, pois, possuem os mesmos atributos exclusivos e morais pertencentes somente a Divindade. Foi sob a revelação de tamanha união das três pessoas que Moisés usou o termo ´´Echad´´, indicando a união composta e associada entre elas. (Dt 6:4 / A Santíssima Trindade; pg.16).

3. A Equidade Trinitária. Com Cristo e com o Pai, o Espírito Santo é apresentado em igualdade com as Pessoas Divinas, pois, ambas as pessoas partilham dos mesmos Atributos (Complemente com a leitura do artigo: Conhecendo a Deus por seus Atributos). Confira nos textos a seguir:

a. Mt 28:19. Os cristãos devem ser batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, isto é, de igual modo. Ele é citado da mesma forma que o Pai e o Filho nas Escrituras, um dos exemplos e prova desse fato é o decorrido texto, cujo termo grego ONOMA, um termo igualativo que atribui o mesmo peso e autoridade aos títulos referidos ´´onoma to patros, onoma to huyou, onoma to hagiou pneumatos´´ - ´´em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo´´.

b. 2Co 13:13,14. A bênção apostólica apresenta a igualdade e eficácia das pessoas Divinas, cada qual em Sua respectiva função no plano da salvação. Isso ainda pode ser visto em outras passagens bíblicas, como por exemplo 1Jo 5:7, Jd 20,21, etc.

II- A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO

1. Conceito. Os que dizem que o Espírito Santo é apenas uma força e não uma pessoa (Heresias Seculares: Doutrina Unicista), deveriam se atentar aos atributos Exclusivos, Morais e Pessoais com que a Bíblia o apresenta. Ele é uma pessoa pelos atributos e ações que lhe correspondem. Não podemos ser enganados pelo fato dele não ter um corpo visível, pois, a personalidade não é determinada pela aparência física, mas pela totalidade psicológica de quem somos. Segundo o Dicionário de Psicologia, personalidade é: ´´A totalidade psicológica que caracteriza a pessoa em particular´´.

2. A Bíblia trata-o com pronomes pessoais. Apesar da palavra ´´espírito´´ no grego (pneuma), ser neutra, a Bíblia não utiliza pronomes neutros para referir-se ao Espírito Santo, mas pronomes pessoais masculinos (Jo 16:8, 13,14; 15:26; 16:7,8).

3. Seus nomes implicam em personalidade. Apesar de boa parte dos nomes conhecidos do Espírito Santo incluírem o primeiro vocábulo ´´Espírito´´, Ele é a personificação de alguns requerimentos essenciais para o crente. Mesmo não sendo revelado nas Escrituras com um corpo físico natural senão quando tomou a forma corpórea da pomba, Ele é como o ar, existe, sentimos, mas não o vemos. (Cl 1:15,19; 1Tm 1:17).

4. Possui traços de personalidade. A Bíblia apresenta o Espírito Santo com traços de personalidade, que só podem ser atribuídas a uma pessoa e que uma força impessoal não poderia ter, são elas:

a. Inteligência, sabedoria (1Co 2:9-11). Ele possui poder de conhecimento ou entendimento de tal maneira que Ele nos cerca e revela que Seu conhecimento é demasiadamente elevado para o atingirmos (Sl 139:5-10);

b. Vontade (At 13:2;16:6;20:28; 1Co 12:11). Sendo o próprio Deus, por Si próprio Ele exerce volição, ou seja, possui vontade própria e poder próprio de escolha

5. Sua obra exige, demonstra e requer personalidade. A obra de preparar a igreja requer que o ´´Outro Consolador´´ - grego ´´allos parakletos´´: outro (De mesma espécie, natureza) consolador; a saber, o Espírito Santo, se relacione de forma íntima e afetiva com as pessoas, o que é possível apenas entre pessoas. Confira algumas das descrições pessoais do Espírito Santo:

a. Fala: At 8:29: “Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o”.

b. Ensina, lembra: Jo 14:26: “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”.

c. Sonda, perscruta: 1Co 2:10: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus”.

d. Testemunha: Jo 15:26: “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim”.

e. Determina: 1Co 12:11: “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente”.

f. Ajuda, intercede: Rm 8:26,27: “O Espírito ajuda as nossas fraquezas... o mesmo Espírito intercede com gemidos inexprimíveis...”

g. Tem afeto, sentimento: Ef 4:30: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”.

h. Pode ser resistido: At 7:51: "Povo rebelde, obstinado de coração e de ouvidos! Vocês são iguais aos seus antepassados: sempre resistem ao Espírito Santo!" 

III- ALERTAS PARA COM O ESPÍRITO SANTO

 

1. Não entristeçais o Espírito Santo (Ef 4:30-32). O presente texto, bem como a Bíblia em outros textos de mesmo contexto, tais como At 9:31; Rm 15:30, 1Co 2:13, Gl 5:22,23, 1Ts 5:19, Hb 3:7,8, Jd 20, entre outros, revela que o Espírito Santo pode ser entristecido, o que não acontece com uma força impessoal ou motivadora. O Espírito Santo é Deus e tem traços de personalidade, pois, pode ser entristecido!


2. A Blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 12:31,32). O Senhor Jesus ainda nos alerta sobre o pecado imperdoável: A Blasfêmia contra o Espírito Santo. O pregador mundialmente conhecido Billy Graham declara em seu livro “O Espírito Santo“, nas páginas 134 e 135, o seguinte: “O pior pecado que um ser humano pode cometer contra o Espírito Santo é blasfemar contra Ele. A razão disto é clara: para este pecado não há perdão´´. Ao que Jesus nos alertou: “Portanto, eu vos digo: toda forma de pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.” Portanto, acredito que a chave está na afirmação do próprio Billy Graham: “o pecado imperdoável implica na rejeição total e irrevogável de Jesus Cristo (…)”.

IV- HERESIAS SECULARES

1. Doutrina Unicista. Esta doutrina implica na ideia herege de que o Espírito Santo é uma força ativa ou motivadora, impessoal ou uma espécie de energia cósmica. Isso é totalmente grave segundo a revelação das Escrituras, pois, o Espírito não somente tem caráter pessoal, mas também a essência divina. Tais ensinos tomam por base textos isolados, as manifestações e os símbolos para afirmar que os tais são prova de que Ele é uma força, não uma pessoa.

2. A Doutrina Macedônica. Ideias hereges sobre a Divindade do Espírito não são atuais. Macedônio, Bispo de Constantinopla de 341 à 360 d.C. já ensinava que o Espírito Santo era meramente ´´ministro e servo´´, tal como os anjos. Sua doutrina implicava na crença de que o Espírito era uma criatura subordinada ao Pai e ao Filho, um conservo. Isso era uma verdadeira negação da verdadeira divindade do Espírito Santo. Sua ideologia foi condenada em 381 d.C. pelo Concílio de Constantinopla.

3. Monarquismo: A divindade e pessoalidade do Espírito Santo foram negadas por Sabellius no terceiro século, que deu origem ao movimento chamado monarquismo. Sabellius sustentava que não existiam três pessoas na deidade, mas um só Deus numa única pessoa eterna que se manifestava em três “FORMAS” diferentes, inexistente em três pessoas eternas e divinas. Ideia mais conhecida como Modalismo/Sabelianismo.

4. Arianismo ou Triteísmo: O bispo Árius, da igreja de Alexandria, no terceiro século, sustentava que Cristo foi criado por Deus como um deus de menor poder, que por sua vez trouxe à existência o Espírito Santo. Assim existiam três deuses diferentes (triteísmo/ tríade), refazendo a ideia politeísta.

V- APLICAÇÕES FIGURADAS: O ESPÍRITO SANTO E O CRENTE

1- Como pode alguém ser batizado em uma pessoa? Isto acontece em sentido figurado: Significa ser totalmente envolvido ou revestido pelo Espírito Santo. As Escrituras nos revelam ainda sobre ser batizado em Cristo (Gl 3:27; Rm 6:3) e sobre ser batizado em Moisés (1Co 10:2), vale ressaltar que eles são pessoas assim como o Espírito Santo. Não obstante, a Bíblia ainda nos avisa da possibilidade do diabo possuir alguém, sendo ele também uma ´´pessoa´´ (Mt 16:23; Lc 22:3).

2- Como pode uma pessoa ser derramada? A Bíblia ressalta em diversos momentos a promessa do derramamento do Espírito Santo, cumprida após a ascensão de Cristo (Jl 2:28; At 2:17). A palavra vem do verbo derramar, e significa espalhar, fazer correr (líquido) para fora, verter ou ainda emitir em abundância. O termo é aplicado em sentido figurado para transmitir a ideia de ´´entrega de forma abundante´´, tal como Cristo, que mesmo sendo uma pessoa veio a ser a fonte de água viva, que veio para dar vida e vida com abundância, ou seja, ´´derramar´´. A Bíblia cita Paulo, outra pessoa, sendo derramado como Libação (Fp 2:7) em forma figurada, assim como o Messias (Sl 22:14).

NOTA: Libação (Fp 2:17; 2Tm 4:6). É o ato de derramar água, vinho, sangue ou outros líquidos com finalidade religiosa ou ritual, em honra a um deus ou divindade;

Aspersão (Hb 11:28; 12:24; 1Pe 1:2). É o ato de borrifar, respingar ou derramar líquidos.

CONCLUSÃO

Ainda que as heresias sobre a Terceira Pessoa da Divindade sejam ressuscitadas, por curiosidade especulativa ou ataque à a Igreja e suas doutrinas; O conselho dado por João no I século, continua válido para os nossos dias: ´´Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora´´ (1Jo 4:1). 

INDICAÇÕES: Conheça mais sobre o Espírito Santo através dos Seus símbolos.


REFERÊNCIAS

DA COSTA; Fellipe Matheus Dias. Discipulado para o Batismo. Ministério Povo Livre: Ribeirão Preto, 2019. 40 pgs.

DA COSTA; Fellipe Matheus Dias. Regra de fé: A Santíssima Trindade. Ministério Povo Livre: 2018, SP. 62 pgs.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

POR QUE O ANTICRISTO AINDA NÃO SE MANIFESTOU?

TEXTO: 2Tessalonicenses 2:6,7

´´E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado; e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda´´

Verdade prática: Alguém está impedindo a aparição do anticristo. Seu surgimento só acontecerá quando for afastado da terra aquele que está impedindo sua manifestação. 

INTRODUÇÃO: O homem do pecado, filho da perdição ainda não foi manifesto entre nós. Isso porque alguém está impedindo que ele apareça, pois, seu tempo ainda não chegou, porquanto para este tempo determinado ele está reservado, segundo a eficácia de satanás. O diabo não tem poder ilimitado para fazer o que e quando quiser - só atua segundo os limites concedidos por Deus; e o anticristo manifesto, será mais uma forma dele atuar no mundo. Alguém está tapando o pequeno buraco do dique para que a água do lado de lá não o derrube e passe para o lado de cá, inundando e destruindo tudo. O mistério da iniquidade já está em ação, a apostasia está a caminho e o “homem do pecado” será manifesto a qualquer hora. Contudo, antes que ele apareça, será necessário o desaparecimento daquele que agora o detém.

R: PORQUE O ESPÍRITO SANTO ESTÁ DETENDO O ANTICRISTO

1. A Onipotência do Espírito Santo. Quem mais teria poder para deter Satanás seu filho? O Espírito Santo é Deus. Ele é Eterno (Hb 9:14), Onipresente (Sl 139:7-12), Onisciente (Sl 139:2,7,8) e Onipotente (Jo 3:8; Rm 15:13,19). Ele está nos corações de cada crente que compõe o corpo da igreja! A igreja que ora, intercede e expulsa demônios pelo poder do Espírito Santo (Mt 10:1; Mc 16:17; Lc 9:1).  Ele é o dedo de Deus - linguagem simbólica; pelo qual Jesus expulsava os demônios (Lc 11:20). Ele foi o agente divino que derramou as pragas sobre o Egito (Êx 8:19). A Lei de Deus foi escrita em tábuas de pedra por ele (Êx 31:18) e é a “letra de Cristo”, entregue aos cuidados dos apóstolos escrita com o Espírito de Deus vivo não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, nos corações” (2Cor 3,3).

2. A igreja cheia do Espírito e o ministério da injustiça. Está escrito que o ministério da injustiça já opera em nossos dias graças ao principado de satanás neste mundo (1Jo 5:19). A igreja foi cheia do Espírito Santo assim como os apóstolos no Pentecostes (Jl 2:28,29; At 2:1-9) para ser o sal da terra, a luz do mundo (Mt 5:13,14). A igreja é o sal que está conservando o mundo de apodrecer no pecado, é o tempero que dá gosto ao mundo, o elemento que atribui valor à obra de Cristo na figura do sal; e como a luz é ela que alumia, dissipa as trevas e esclarece pelo poder do Espírito Santo. As portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16:18). Nos filhos de Deus, o maligno não pode tocar (1Jo 5:18). No tempo determinado o Espírito Santo ´´desaparecerá´´ da terra junto com a igreja ´´raptada´´, para que o anticristo se manifeste (2Ts 2.7).

3. O agente retirado e o povo desaparecido. Concluímos que o anticristo ainda não se manifestou por causa do Espírito Santo. Ele é o agente pelo qual Deus está impedindo a implantação do reino de satanás na terra através do anticristo. Em breve, ele será tirado do mundo junto com a igreja de Cristo (1Ts 5:9). O Espírito é como a coluna de nuvem, que em dado momento mudou de posição retirando-se de  ́ ́diante ́ ́ deles e colocando-se  ́ ́atrás ́ ́ (Êx 14:19,20) - manobra que deu versatilidade a nuvem e serviu de divisor entre os hebreus e o egípcios. É o Espírito que separa a igreja do mundo. Na margem oriental do Jordão a coluna desapareceu, eles já não seguiam mais a nuvem, mas a Arca do Senhor; assim será no arrebatamento da Igreja, pois, Ele terá cumprido Sua missão entregado a Noiva para Cristo - Santíssima Trindade, pg. 42.

4. A retenção temporária do anticristo e as setenta semanas proféticas. Esse período em que o Espírito Santo retêm o anticristo, é observado escatologicamente no tempo que Deus detêm a contagem das setenta semanas de Daniel (Dn 9:24-27). A manifestação do anticristo contempla a derradeira semana de anos desta profecia - uma semana profética de sete anos; assim, estamos na ´´era da igreja´´ ou ´´tempo dos gentios´´ - momento em que a contagem das 70 semanas proféticas está ´´pausada´´ por Deus; que sucede a 69ª semana que se encerrou na morte de Cristo, e antecede a 70ª semana, que conta do arrebatamento da igreja até a segunda vinda de Cristo para salvar Israel na guerra final do Armagedom.

CONCLUSÃO: Ainda que rumores sejam recorrentes acerca do aparecimento do anticristo ou pessoas perversas tenham seu caráter comumente associado a ele - tais como os imperadores Ciro, Nero ou mesmo ditadores como Adolf Hitler; precisamos ter em mente: ele só será manifesto quando o Espírito Santo for retirado do mundo, e com Ele a igreja de Cristo. Nesse momento - última semana profética de Daniel;  a igreja não estará mais na terra, mas nas bodas e no trono do Cordeiro, onde cada justo do corpo de Cristo receberá o seu galardão. Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto. Hebreus 3:7,8

REFERÊNCIAS

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

O ESPÍRITO SANTO E O AZEITE

TEXTO: Salmos 45:7

´´Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.´´

VERDADE PRÁTICA: Precisamos do Espírito Santo como azeite - óleo; em nossas vidas.

INTRODUÇÃO. Figuradamente existem os seguintes óleos na Bíblia: santo (Sl 89:20), fresco (Sl 92:10), precioso (Sl 133:2), excelente (Am 6:6), óleo da alegria (Sl 45:7, Hb 1:9). Contudo, precisamos compreender qual a importância e uso espiritual do azeite nas Escrituras, para então, comparar as coisas espirituais com espirituais, isto é: o azeite e o Espírito Santo. Tais símbolos aplicados a terceira pessoa da divindade, nos revelam o seu trabalho quanto ao homem, sua forma de atuação e seus atributos, sejam exclusivos ou morais.

I- A UTILIDADE DO AZEITE NAS ESCRITURAS

1. Alimentação (1Rs 17:12; 2Rs 4:2). Com ele se faziam pães, bolos e pães finos. Os alimentos eram amassados, untados com azeite (Êx 29:2). O próprio maná tinha gosto de bolo amassado com azeite de oliva (Nm 11:8).

 

O Espírito Santo é o responsável por amassar e untar nosso alimento em si mesmo para que sejamos saciados espiritualmente. Sem o azeite, o alimento espiritual fica incompleto, insuficiente para nossa absorção. Portanto, todo bom alimento espiritual quer pela palavra, oração, louvores ou consagração deve ser ´´untado´´ com o elemento principal: o Espírito Santo, tal como o azeite. Ele é o ´´ingrediente´´ essencial na nossa alimentação espiritual! (Is 55:1)

 

2. Iluminação (Lv 24:2; Mt 25:1-13). É o principal elemento responsável pela combustão e alimentação das lamparinas nas Escrituras. É ele que mantém a chama acesa e iluminando o ambiente, sem ele, não há luz.

É o Espírito Santo que mantém a candeia dos nossos corações acesos (Sl 39:3; Jr 23:29). Além disso, Ele é o nosso guia, nossa direção nesse mundo corrompido, perverso e dominado pelas trevas. É por ele que temos luz espiritual! (Lv 6:13; Sl 119:105; 1Ts 5:19)

3. Lubrificação (Sl 51:10,11). Era o elemento antigo usado para diminuir o atrito de eixos e peças que se moviam uma sobre a outra, atuando como uma espécie de graxa ou óleo. Ele lubrificava estas superfícies tornando-as escorregadias.

 

O Espírito Santo é o verdadeiro responsável pela nossa mobilidade espiritual! Ele remove nossos atritos, amarras, laços impecílios e cadeias espirituais que nos tornam inertes na presença de Deus. (Jo 14:6,16,26; Rm 8:26)

 

4. Comercial (1Rs 5:11). Salomão deu azeite a Hirão como pagamento pela ajuda na construção do templo. A mulher viúva, das mulheres dos filhos dos profetas, vendeu o azeite abundante da multiplicação para pagar a dívida com o credor (2Rs 4:7).

 

Para ´´negociar´´ com Deus precisamos do Espírito Santo. Ele é o nosso passaporte para obter de Deus o que precisarmos, que segundo a Sua vontade, nos concede. Não obstante, Ele é o penhor (entrada, garantia) que o Senhor deixou sobre nós, portanto, precisamos desta ´´moeda´´ para adquirir qualquer coisa de Deus, seguida do preço pago pelo sangue de Cristo! (Mt 25:8,9; 2Co 1:22)

 

5.    Cosmético (Rt 3:3; 2Sm 14:12). A cabeça de um convidado era ungida com óleo, como ato de cortesia e hospitalidade (Lc 7:46). Ele serve para dar vitalidade:

a.   Aos cabelos ou a barba;

b.   A pele, atuando como agente dermatológico;

c. Tem vários antifúngicos e propriedades antibacterianas, e é carregado com antioxidantes.

 

Nota: Por isso era usado nos manjares como ingrediente substituto perfeito do mel (o mel continha fúngicos que possibilitavam a fermentação – simbolizando o pecado; muito usado na produção de bebidas alcoólicas pelos cananeus).

 

É o Espírito Santo que embeleza e adorna a noiva de Cristo na semelhança do azeite. Ele é o agente dermatológico na vida do cristão atuando contra a lepra do pecado, purificando o cristão mantendo-o tão alvo quanto a neve a seguido do sangue de Cristo, além disso, ele é quem remove as bactérias oxidantes do mundo das nossas vidas! (Sl 45:8; 133:2)

 

6. Medicinal (Lc 10:34). Na parábola do bom samaritano, Jesus esclareceu que o samaritano fez curativos no homem quase morto deitando óleo e vinho em suas feridas, ambos símbolos do Espírito Santo.

 

O Espírito Santo é o azeite que trata as feridas contra os dardos inflamados do maligno, enfermidades, moléstias e doenças. Ele é a essência medicinal pelo qual Cristo curava os enfermos, coxos, paralíticos, mudos, surdos, etc. Ele trata todas as doenças: hereditárias, psicossomáticas, emocionais, físicas, espirituais ou sociais. (Mc 1:40,41)

 

7. Cerimonial. Ademais, o azeite da unção era usado na consagração de:

a.    reis (1Sm 10:1),

b.    sacerdotes (Lv 8:30); e

c.    profetas (1Rs 19:16).

 

Primeiro, a palavra ´´ungir´´ no VT significa ´´aplicar óleo no corpo de alguém´´, simbolizando que essa pessoa foi escolhida e consagrada para o serviço do Senhor. Consagrado ou ungido significa ´´separado à parte´´, provido com o poder de Deus para executar o Seu serviço especial. Também significa que essa pessoa foi declarada limpa, santa e pura. Deus unge os seus escolhidos com uma unção especial: o Espírito Santo (Sl 105:15).

 

Sempre ao ordenar alguém para exercer uma função especial, ministerial ou não, Deus consagra seus servos com o Seu próprio Espírito. Assim ele ungiu: Cristo (cp. Is 61:1,2 e Lc 4:18), os servos e servas (Jl 2:28,29), os apóstolos (At 2:1-18), a igreja (1Jo 2:27; 2Co 1:21). Jesus confirmou esta prática ordenando que se ungisse com óleo (Mc 6.13; Tg 5.14).


II- TIPOS DE AZEITE NAS ESCRITURAS

1.  Nardo: o óleo da alegria (Jo 12:3). nardo era um óleo perfumado, feito de flores, usado até hoje por perfumistas. A mulher que ungiu os pés de Jesus com Nardo, caro e puríssimo, trouxe alegria espalhando aquele cheiro em toda a sua casa. Por um momento de alegria você daria o preço que fosse preciso, por isso, Jesus deu o seu sangue e nos dá a unção do Espírito Santo para conceder o fruto da alegria. A unção do Senhor também é chamada de ‘óleo de alegria’ (Is 61:3, Sl 45:7 e Hb 1:9), pois alegra o coração de quem o recebe. Deus quer derramar a unção da Alegria sobre você! 

2.  Bálsamo: o óleo da cura (Jr 8:22). O Bálsamo era outro tipo de óleo pastoso, feito de plantas suculentas. O bom samaritano lavou as feridas do homem abandonado no caminho, deitando em suas feridas óleo e azeite, fazendo um curativo (Lc 10:34). Assim Jesus nos lava com água, limpa pelo sangue e unge com alegria (Ez 16:9). A unção de cura já era praticada pelos sacerdotes no VT ao ungir os leprosos (Lv 14:13-18), foi confirmada por Jesus para a ministração de cura (Mc 6:13) e por Tiago (Tg 5:14). Receba a unção de cura!

3.    Azeite: o óleo da luz (Êx 27:20). O Azeite, especialmente de oliveira, é citado na Bíblia 164 vezes na Bíblia. Desde o ramo de oliveira trazido pela pomba à arca de Noé até as lágrimas de Jesus no Jardim das Oliveiras são símbolo de Luz. No VT o candelabro estava continuamente aceso no tabernáculo e não podia ser apagado. Quando o azeite ia acabando, o sacerdote tinha que colocar mais para manter aceso. As 10 virgens no NT também tinham azeite para luz, contudo cinco delas não prepararam reserva deste azeite (Mt 25:1-13) e ficaram na escuridão. A unção ilumina a sua jornada! 

4.  Mirra: o óleo da paz (Mt 2:10,11). A mirra é um tipo de óleo extraído de uma planta espinhosa que sobrevive no deserto. Usaremos a Mirra como símbolo de paz, pelo frescor e tranquilidade da sua fragrância. Apesar de ser espinhosa e brotar no deserto ela transmite paz, o que nos ensina que Deus nos dá a paz, mesmo com os espinhos e desertos dessa vida. Os magos trouxeram a Jesus ouro, para sustento da família, incenso para espantar as moscas e mirra como cosmético para o bebê. A mirra era usada em recém nascidos como perfume, óleo contra assaduras e também como repelente de moscas. A unção do Senhor te dá paz! 

CONCLUSÃO. O Azeite está entre os elementos mais importantes ao ser humano. Sua expressiva importância é evidente em todas as funções que desempenhava na vida das antigas civilizações. Hoje não é diferente: Precisamos do Espírito Santo em nossas vidas em quaisquer áreas que venha se expressar, tal como os antigos dependiam do azeite. Ele é o nosso azeite espiritual, nosso meio de sustento, iluminação, celebração, nosso elemento cosmético e medicinal.

 REFERÊNCIAS

 

RODRIGUES; Welfany Nolasco. Óleo do Espírito. Disponível em: https://www.esbocosermao.com/2010/11/simbolos-do-espirito-santo.html. Acessado em: 28/12/2020.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

BATISMO COM ESPÍRITO SANTO OU COM FOGO?

Texto: Mateus 3:11

"Eu os batizo com água para arrependimento. Mas depois de mim vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar as suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo.´´

Verdade prática: Esse texto aparece também em  Mc 1:8 e Lc 3:16. Está no hall dos textos polêmicos do meio Pentecostal, isso graças a interpretação equívoca do texto bíblico e do seu contexto geral. 

INTRODUÇÃO

Primeiramente, o termo batismo vem do grego e significa imergir, mergulhar, neste caso, imergido ou mergulhado, no Espírito Santo ou no fogo. Segundo, a referência batismo -do gr. imergido, mergulhado; com ´´Espírito Santo e com fogo´´ ocorre apenas duas vezes, em Mt 3:11 e Lc 3:16, e em ambas aparece um grupo peculiar na pregação de João Batista. Contudo, tal descrição não aparece em Mc 1:8, At 1:5, isso porque tal grupo não estivera presente. Erros de interpretação na tentativa de explanar um texto bíblico ocorrem devido ao desconhecimento, má aplicação ou inobservância do Método de Estudo Sintético das Escrituras na interpretação do mesmo, bem como a Eisegese pessoal dos escritos sagrados em vez de Exegese bíblica. Portanto, este artigo vem com o intuito de colaborar com o bom diálogo e interpretação, a fim de contribuir com o entendimento nesta questão com base em referências bíblicas, bibliográficas e teológicas.

I- CONTEXTUALIZANDO COM LUCAS

1. A Exegese das Escrituras. Todo estudioso e intérprete bíblico deve conhecer algumas regras simples e básicas de hermenêutica. E uma dessas regras é que o próprio contexto define o sentido do versículo em questão, daí origina-se a frase ´´texto sem contexto vira pretexto´´, muito citada na IEPL pelo Pb. Mateus Lucas.  

2. Contextualizando o sermão de João Batista. Já no começo do capítulo, tanto nos evangelhos de Mateus como Lucas, João Batista se refere a um juízo vindouro de Deus sobre aqueles que praticam todo tipo de impiedade: "João dizia às multidões que saíam para serem batizadas por ele: "Raça de víboras! Quem lhes deu a ideia de fugir da ira que se aproxima?" (Lc 3:7). A ideia transmitida por João aqui é de serpentes fugindo de um incêndio numa floresta (Jr 21:14). E acrescenta: "O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo" (Lc 3:9). Indicando uma punição iminente.

3. Um sermão, dois públicos distintos. O início do capítulo esclarece que a mensagem de João era direcionada a dois grupos de pessoas: Aquelas que realmente estavam arrependidas e queriam o perdão de Deus; e aquelas que se auto justificavam por crerem que a obediência à Lei e por serem filhos de Abraão era garantia de Salvação: "Deem frutos que mostrem o arrependimento. E não comecem a dizer a si mesmos: ‘Abraão é nosso pai’. Pois eu lhes digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão." (Lc 3:8). Sendo assim, os dois grupos que se apresentaram a João foram:

i. Os ´´discipulandos´´. Eram os que se arrependiam, confessavam seus pecados e eram batizados por João Batista. Vinham de Jerusalém, da Judéia e de toda a província do Jordão para serem batizados por ele nas águas para perdão dos pecados (Mt 3:5,6). Embora a Bíblia não os intitule assim diretamente, uma coisa é certa: eles iam até João no deserto para buscarem de Deus o perdão dos seus pecados, assim, eles eram discipulados por ele para serem batizados nas águas, e posteriormente, pelo Espírito Santo por Jesus Cristo. A estes que se arrependiam e batizavam nas águas, outro batismo os aguardava segundo João: o batismo com Espírito Santo (At 19:1-7). Esse grupo era composto pelos que cumpririam os requisitos básicos de Cristo para ver e entrar no reino de Deus, porquanto, nasceriam de novo da água e do Espírito (Jo 3:3-5). Suas características eram:

a. Eram batizados para perdão dos pecados (Lc 3:3). Uma espécie de ´´estágio´´ para o batismo com Espírito Santo (Mt 3:3; At 19:4).

b. Confessavam seus pecados (Mt 3:6);

c. Produziam frutos de arrependimento (Mt 3:8).

d. Seriam batizados com o Espírito Santo (Mt 3:11; Mc 1:8; At 1:5);

e. Seriam como trigo ajuntado no celeiro ou árvore que produz frutos, por isso não é lançada ao fogo (Jó 5:26; Mt 3:12; Lc 3:16).

ii. Os ´´indiscipulandos´´. Estes se auto justificavam como forma de escape e eram compostos em maioria pelos fariseus, saduceus, contudo, também haviam publicanos e soldados (Lc 3:12,14). Criam que por serem filhos de Abraão e observarem a Lei fugiriam da ira de Deus. João alterou seu discurso a partir do momento que estes apareceram: ´´E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?´´ - Mt 3:7. Percebamos que no início do texto, que antes da chegada desse grupo, João ministrava o sermão ´´Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.´´ - Mt 3:2; mas após a chegada deles, a pregação tomou a direção ´´ Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? ... Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;´´ Mt 3:7b,8. Ao contrário do grupo anterior, este precisava ainda produzir frutos de arrependimento. Ao invés disso, buscavam subterfúgios de escape alegando terem por pai a Abraão. Suas características eram:

a.  Não produziam frutos de arrependimento (Mt 3:8; Lc 3:8);

b.  Auto justificação mediante a Lei e filiação de Abraão como garantia de salvação (Mt 3:9; Lc 3:6-8);

c.  O machado está sobre sua raiz. A ausência de frutos (de arrependimento) fará com que seja cortado e lançado ao fogo (Mt 3:10; Lc 3:9);

d.  Seriam como a palha ou árvore sem frutos queimada ao fogo, com fogo que não se apagará (Mt 3:10,12; Lc 3:9,17);

e.  Seriam batizados, imergidos, lançados, mergulhados com fogo (Mt 3:11; Lc 3:16). Este fogo não fala de purificação ou santificação como o fogo é apresentado algumas vezes (Is 6:6; Zc 13:8.9; Ml 3:2-4), fala de juízo e condenação conforme o contexto da passagem (Mt 3:7; Lc 3:7) e a contextualização bíblica geral, primeiro método do estudo sintético das Escrituras, onde o fogo também é descrito como sinônimo de juízo e condenação aos que cometem a impiedade (Gn 19:24,25; Lv 10:1-3; Nm 11:1-3; Sl 21:8,9; Is 66:15,16,24; Am 5:6; Sf 1:18; Mt 25:41; Mc 9:43-45,48; Hb 10:26,27, etc.).

II- CONTEXTUALIZANDO BIBLICAMENTE

1. Bíblia de Estudo Genebra. Quanto ao fogo, A Bíblia de Estudo Genebra traz o seguinte comentário em Lc 3.16: “O batismo com fogo aponta para o juízo (v.9 nota). A pá para limpar sua eira’ é outro símbolo para o juízo (v. 17)...”.

2. Bíblia de Estudo NVI.  A Bíblia de Estudo NVI assim comenta o mesmo texto: “... e com fogo. Aqui, o fogo está associado ao juízo (v.17)...”.

3. Bíblia de Estudo Plenitude.  A Bíblia de Estudo Plenitude, de orientação pentecostal em Lc 3:16 remete ao comentário de Mt 3:1, que diz o seguinte:

“O batismo de João é um tipo de experiência de salvação de ser batizado no Espírito. Como o batismo de João colocava o indivíduo dentro da água, o batismo de Jesus coloca o cristão no Espírito, identificando-o como totalmente ligado ao Senhor. O fogo purifica ou destrói. Portanto, a salvação em Jesus Cristo será purificadora para os verdadeiros judeus que o aceitarem como o Messias, e destruidora para aqueles que o rejeitarem.”

4. Bíblia de Estudo Shedd. A Bíblia de Estudo Shedd traz consigo a seguinte nota: “... Fogo. O contexto (17) parece exigir o sentido de prova, de  julgamento (Lc 12.39-53; 1 Co 3.13).”  A Bíblia em Mt 3.11 ainda traz o comentário: “Com o Espírito Santo e com fogo. Refere-se ao ministério espiritual de Cristo. Sua obra começou acompanhada pela energia sobrenatural do Espírito Santo, colhendo-se algum ‘trigo’ (os fiéis), e revelando-se quem seria ‘palha’ para julgamento. A doutrina do batismo no Espírito Santo não recebe luzes neste trecho, pois o assunto pertence à época posterior à ressurreição de Jesus (1Co 12.13)".  

III- CONTEXTUALIZANDO TEOLOGICAMENTE

1. Charlie C. Ryrie. Grande comentarista bíblico, autor da Bíblia de estudo anotada, na versão expandida, traz a seguinte informação: ´´fogo. Provavelmente uma referência aos julgamentos associados á segunda vinda de Cristo. O batismo com o Espírito Santo ocorreu no dia de Pentecostes, ao passo de que o batismo com fogo se refere aos juízo que acompanharão a segunda vinda de Cristo.´´

2. John F. MacArthur. Na sua Bíblia de Estudo traz a seguinte nota de rodapé: ´´com fogo. Pelo fato de, nesse contexto, o fogo ser usado como meio de punição (v. 9), isso é provavelmente uma referência a um batismo de castigo sobre os ímpios.´´

3. R. N. Champlin. Em sua obra “O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo”, relaciona Lc 3.16 com o comentário de Mt 3.11: ´´...Há várias interpretações dessas palavras: 1. Alguns acham que aqui temos dois batismos, um do Espírito e outro de fogo, e que esse último fala de juízo, provavelmente até de inferno. Assim interpretaram Orígenes e outros pais da igreja...alguns bons intérpretes reputam esse batismo de fogo como algo que se refere ao juízo."

CONCLUSÃO. Batismo com Espírito Santo ou com fogo? Isso depende de qual grupo fazemos parte, se dos ´´discipulandos´´ ou ´´indiscipulandos´´. O fato é que para sermos salvos da ira de Deus, de queimar como palha ou árvore lançada, imergida no fogo, precisamos nos arrepender dos pecados e então, nascer da água e do Espírito. Mas, então por que a referência ao fogo em Atos 2? Não seria o cumprimento da Palavra de João Batista: "com o Espírito Santo e com fogo"? Lucas não disse que as línguas eram de fogo ou que desceu fogo literal do céu, mas que pareciam "línguas como que de fogo". Ele utilizou uma linguagem comparativa, ou seja, uma analogia, para repassar de uma maneira compreensível aquilo que estava além da compreensão humana, que as línguas foram distribuídas, vieram se espalhando, tomando proporção aonde estavam os discípulos e concentrando-se sobre cada um deles como fogo quando se alastra (Êx 22:6). 

REFERÊNCIAS

NOGUEIRA; Prof. Saulo. O que significa batismo com fogo em Lucas 3.16? Disponível em: https://sites.google.com/site/teologiatextos/o-que-significa-batismo-com-fogo. Acessado em: 09/11/2020.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

TEXTO: 1Coríntios 2:13

´´Sobre isso também pregamos, não com palavras ensinadas pelo saber humano, mas, sim, com palavras ministradas pelo Espírito, interpretando verdades espirituais para os que são espirituais.´´

Verdade prática: A melhor forma de compreendermos a operação e atuação do Espírito Santo ante o proceder humano é através dos seus símbolos, pelo qual Deus o revelou nas Sagradas Escrituras.

INTRODUÇÃO. Segundo o dicionário Oxford Languagessímbolo é uma pessoa ou personagem que se torna representativa de determinado comportamento ou atividade. Pode ser compreendido também como aquilo que, por convenção ou por princípio de analogia formal ou de outra natureza, substitui ou sugere algo. 

I- SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

1. Água, Rio e Chuva (Is 44:3/Jo 7:38,39/Tg 5:7). Opera nas três partes da constituição humana, regenerando cada uma (1Ts 5:23). Ele limpa (Tt 3:5), satisfaz a sede espiritual e purifica o coração (Mt 5:6; 1Co 12:13; Gl 5:25; Ap 22:17). Ele é derramado como um rio de forma superabundante e percorre todas as divisões do homem. Ele é a chuva que caiu em Atos 2 e preparou a terra para a semeadura da palavra e sucede até hoje. A chuva temporã é a descida no Pentecoste e a serôdia Suas manifestações como o batismo e os dons (At 8:15-17; 10:44-46; 19:1-6; 1Co 12:1-11). Essa abundante chuva que alegra nossos corações (At 14:17) permanecerá até o dia do Arrebatamento (Mc 16:17).

2. Orvalho (Gn 27:28). O orvalho é um refrigério adicional das chuvas têmpora e serôdia, é a manifestação climática que surge após o período das chuvas na Palestina. Era indispensável para revigorar a erva e a relva (Dt 32:2). É um símbolo do Espírito porque cai  ́ ́gradualmente ́ ́ ou de forma imperceptível em nossos corações. Onde cai o Orvalho, Deus ordena a bênção e a vida para sempre (Sl 133:3), concede a vida eterna (Gl 6:8), traz prosperidade e refrigério à alma do pobre de espírito (Sl 23:2-4; 40:17; 51:11,12; Mt 5:3,10).

3. Vento (Jo 3:8). Tem movimentos definidos (Ec 1:6), variados (Mt 24:31), desconhecidos ao pecador , pois,  ́ ́Ele sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem nem para onde vai ́ ́.

a. Soprar  ́ ́suave ́ ́ indica a direção traçada por Deus a favor de seus filhos numa rota de calma e tranquilidade (Gn 8:1);

b. Soprar  ́ ́veemente impetuoso ́ ́ como no Pentecoste, é um sinal evidente de Sua presença com manifestações de poder (At 2:1-4; Hb 2:4);

c. Soprar apenas com  ́ ́gemidos inexprimíveis ́ ́, é um alerta de perigos iminentes (Rm 8:26; Hb 3:7,8).

4. Óleo, Azeite e Unção (Hb 1:9; 1Jo2:20,27). O óleo/azeite da unção era usado para consagrar pessoas de grande poder, como reis (1Sm 10:1; 16:13), sacerdotes (Lv 8:30), profetas (1Rs 19:16; Is 61:1) e guerreiros (2Sm 1:21; Is 21:5). É chamado de  ́ ́óleo de alegria, fresco, precioso, excelente ́ ́ (Sl 45:7, 92:10; 133:2; Am 6:6). O Espírito é a  ́ ́unção especial ́ ́ para os salvos em Cristo, ao passo que foi a unção especial que consagrou o Messias, que significa  ́ ́UNGIDO ́ ́ (At 10:38).

5. Fogo (1Ts 5:19). Acompanhava as manifestações Divinas (Êx 3:2; 13:21,22; 19:18; Dt 4:11), era um sinal da presença divina (Mt 3:11), representa a glória (Ez 1:4,13), proteção (2Rs 6:17), santidade (Dt 4:24), juízos (Zc 13:9), ira de Deus (Is 66:15,16) e, finalmente, o Espírito Santo (Ap 4:5). No VT a principal ordenança era conservar o fogo aceso diariamente (Lv 6:13). No NT a ordem ainda é a mesma: ´´não extingais o Espírito Santo ´´, tomemos cuidado em não extinguir, apagar o Espírito Santo, pois, Ele deve permanecer aceso em nossos corações todos os dias sem se apagar!

6. Coluna (Êx 13:21,22). Traz firmeza igual a rocha (Ef 2:20), fala de força espiritual e sustento, como a que acompanhou os israelitas e serviu de proteção, iluminação, orientação, fervor e refrigério. A coluna em dado momento mudou de posição retirando-se de  ́ ́diante ́ ́ deles e colocando-se  ́ ́atrás ́ ́ (Êx 14:19,20), manobra que deu versatilidade a nuvem e serviu de divisor entre os hebreus e o egípcios. O Espírito é o divisor que separa a igreja do mundo. Na margem oriental do Jordão a coluna desapareceu, eles já não seguiam mais a nuvem, mas a Arca do Senhor; assim será no arrebatamento da Igreja, pois, Ele terá cumprido Sua missão entregando a Noiva para Cristo.

7. Penhor (2Co 5:5). O vocábulo  ́ ́penhor ́ ́ (gr. arrabon) significa  ´´primeira prestação, depósito, garantia ́ ́. Indica o pagamento de parte do preço total da compra. A primeira prestação recebida é a regeneração. O  ́ ́valor total ́ ́ será completado com o pagamento intermediário e final, ou seja, a santificação e a redenção do nosso corpo (Rm 1:4; 8:23; Tt 3:5). O Espírito que, mediante a Palavra e todos os meios da graça nos capacita a atingir a glória eterna (2Co 3:18), é evidentemente a nossa garantia.

8. Selo (2Co 1:22). Autenticava documentos, cartas, títulos de propriedade e recibos de mercadoria ou dinheiro. O Espírito Santo sela a Igreja (Ct 4:12), a lei do Senhor (Is 8:16), o coração (Ct 8:6), a visão e a profecia (Dn 9:24) e os crentes para o dia da redenção (2Co 1:22; Ef 1:13,14; 4:30; 2Tm 2:19). Fomos selados com o Selo da promessa que nos dá a garantia de pertencer a Deus!

9. Vinho (Sl 104:15). O vinho representa bênção e prosperidade. A vinha era sinal de prosperidade e favor divino, sendo considerada uma dádiva de Deus (Os 2:15). O fruto da vide ilustra a alegria que existe nos salvos e o cálice fala da comunhão promovida pelo Espírito Santo em nossos corações (2Co 13:13). No Pentecoste deduziram que os discípulos estavam ́ ́cheios de vinho ́ ́, quando na verdade estavam cheios do Espírito Santo!

Nota: Haviam dois tipos de vinho na palestina, a saber, o vinho não fermentado, sem teor alcoólico, composto apenas por água e polpa da uva; e o fermentado, que era armazenado em odre por longos períodos para ganhar teor alcoólico ou através de aditivos, como o mel, por exemplo, usado pelos cananeus na fabricação de bebida alcoólica, por isso ele era um ingrediente proibido por Deus nos rituais religiosos (Lv 2:11; Pv 25:16,27).


O primeiro vinho, sem fermento, foi o que Jesus trouxe a partir da transformação pela água (Jo 2:9,10b). Este foi instituído na Ceia do Senhor como símbolo do sangue puro de Cristo, da nova aliança e do Espírito Santo (Lc 5:38; 1Co 5:7; 11:25; 2Co 5:17; Hb 8:13).

 

O segundo, também chamado de mosto (Jó 32:19), foi o que os apóstolos foram acusados de ter consumido no dia de Pentecostes (At 2:13) e que os convidados da festa beberam e consideraram o melhor antes de provarem a água transformada em vinho (Jo 2:3,10a).

10. Pomba (Jo 1:32). Existem 31 referências na Bíblia sobre a pomba. Ela simboliza pureza, santidade, paz, esperança e mansidão. Após o dilúvio Noé soltou uma pomba para que esta indicasse se as águas haviam baixado e se o evento apocalíptico havia sido encerrado (Gn 8:6-12). O corvo ia para buscar carniça ia e voltava até que as águas se secaram, mas, a pomba retornou com um ramo de oliveira (árvore pelo qual se faz o azeite, outro símbolo do Espírito Santo).

CONCLUSÃO. Os símbolos do Espírito Santo são a forma que a Bíblia apresenta os aspectos da sua atuação, poder e relação com o ser humano. Isso não invalida sua personalidade, pelo contrário, afirma que Ele pode, se relaciona e atua na vida dos seres humanos de formas distintas, reveladas em cada um dos seus símbolos que comprovam a sua existência, deidade e personalidade. Por isso comparamos as coisas espirituais com espirituais, ´´os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais; como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faz tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou´´- Hb 8:5 

REFERÊNCIAS

DA COSTA; Fellipe Matheus Dias. Discipulado para o Batismo. Ministério Povo Livre: Ribeirão Preto, 2019. 40 pgs.

DA COSTA; Fellipe Matheus Dias. Regra de fé: A Santíssima Trindade. Ministério Povo Livre: 2018, SP. 62 pgs.

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