Texto: Romanos 5:29
´´POIS, COMO PELO DESOBEDIÊNCIA DE UM SÓ HOMEM, MUITOS
FORAM FEITOS PECADORES, ASSIM PELA OBEDIÊNCIA DE UM MUITOS SERÃO FEITOS JUSTOS´´
Verdade Prática: O juízo veio através de uma única ofensa, mas a salvação,
dom gratuito de Deus, veio para muitas ofensas, através de um único ato de
justiça, afim da justificação.
INTRODUÇÃO
Pela desobediência de um, Adão, todos foram destituídos e feitos
culpados diante de Deus. Porém, através da obediência de Cristo todos fomos
declarados inocentes de forma que nenhum outro nome há entre os homens pelo
qual devamos ser salvos! (At 4:12).
I- O PECADO
1. Conceito. Pecado é tudo o que fere a Lei e a santidade de Deus. Desse modo,
o homem peca: ao fazer o que desagrada a Deus e ao não fazer o que agrada Ele
(Tg 4:17). Isto se resume em pecar por desobediência ou por negligência. Outras
definições das línguas originais da bíblia para o pecado são aceitos, como:
Hebraico: ´´desvio, iniquidade, afastamento/apostasia, quebra da aliança,
culpa, erro ou maldade´´. Grego: ´´injustiça, transgressão, ofensa voluntária´´.
2. Origem. O pecado entrou na humanidade através da desobediência de
Adão e Eva. A primeira ocorrência do pecado foi encontrada em Lúcifer, querubim
ungido que se revoltou contra Deus (Ez 28:17) e foi precipitado (Lc 10:18). Ele
hoje tem legalidade na terra através do pecado original cometido pelo primeiro
homem.
3. Herança. A condição do homem pecador é derivada da raiz da raça humana, ou
seja, do pecado de Adão que foi imputado sobre toda a humanidade, de forma
que ´´todos pecaram, e destituídos estão da glória de Deus´´ (Rm 3:23), pois,
já nascem com a natureza corrupta (Rm 5:12).
4. Efeitos. Tentaram se autojustificar (Gn3:7). O medo se instaurou e a
comunhão com Deus foi privada (Gn 3:8-10). As dores foram multiplicadas
inclusive as do parto (Gn 3:16). Os animais foram corrompidos do estado
original (Is 11) e a natureza passou a produzir espinhos e ervas bravas (Gn
3:18). A terra foi declarada maldita (Gn 3:17). O homem foi sentenciado ao
trabalho duro e a partir dali teria que se alimentar do fruto do seu trabalho
(Gn 3:19). O homem agora estaria sujeito a enfermidades e morrer, voltar ao pó
da terra do qual havia sido criado (Gn 3:19). Por fim o homem foi lançado para
fora do jardim (Gn 3:23).
II- A SALVAÇÃO EM JESUS CRISTO
1. Conceito. É o tema central da Bíblia, a missão de Cristo em sua
primeira vinda (Lc 19:10) e o resultado de sua morte expiatória na cruz do
calvário, que livra o homem da condenação eterna ocasionada pelo pecado (Ef
1:7; 2:1). A salvação é:
a. Um ato soberano de Deus. Decorre da perfeita vontade de Deus
que em Seu Filho nos reconciliou consigo mesmo (2Co 5:18,19). É a demonstração
do Seu amor pela humanidade, condenada pelo pecado (Rm 3:10,11,23) e oferecida
a todos sem exceção. É soberana porque: apenas Ele pode salvar e não pode ser
revogada!
b. Um ato misericordioso de
Deus. Oferecida por
Ele a todos graciosamente, por meio da fé em Jesus Cristo e não por nossos
méritos e obras (Ef 2:8-10). A forma pelo qual Deus a ofereceu chamamos de
´´graça´´, ou ´´bondade, favor imerecido´´.
2. A necessidade. Por ocasião da herança do pecado transmitida de Adão a nossa
essência humana, precisamos ser salvos, pois, o salário do pecado é a morte (Rm
6:23). Assim, todos precisam de salvação e se arrepender dos seus pecados,
confessá-los e abandoná-los definitivamente e aceitar o dom gratuito de Deus.
3. Aspectos. A salvação possui pelo menos no mínimo sete aspectos dentre
os quais, destacaremos os quatro mais lembrados pelo povo de Deus.
a. Justificação. Justificar é um termo judicial que
significa ´´absolver, declarar justo´´. A justificação é um ato da livre
vontade de Deus pelo qual Ele perdoa todos os pecados e aceita como justo aos
seus olhos somente por imputar a justiça de Cristo a quem o recebe pela fé (Rm
3:24,30). A justificação nos é atribuída por:
i. Imputação (Rm 4:6). Imputar é atribuir a alguém a
responsabilidade pelos atos de outrem. Jesus assumiu nossos pecados e pagou
nosso débito enquanto a justiça dele foi colocada em nós.
ii. Substituição (Gl
3:13). Como nosso
substituto, Cristo ganhou esta justiça para nós, morrendo em nosso lugar.
iii. Justiça de Cristo (1Co
1.30). Esta justiça
foi adquirida pela morte de Cristo que satisfez a lei de Deus.
b. Regeneração. Regenerar significa restaurar, gerar
novamente. Trata-se de uma mudança radical operada pelo Espírito Santo na
essência do homem atingindo todas as suas faculdades: intelecto, vontade e
sensibilidade (2Co 5:17). A regeneração é operada através:
i. Novo nascimento (Jo 3:3). Para pertencer ao reino do Messias, uma
pessoa precisa nascer de novo, ao passo que na velha aliança precisava ser
israelita.
ii. Vivificação (Jo
10:10). Sua essência
é uma nova vida concedida por Deus, mediante Jesus e pela operação do Espírito.
Viver é estar com vida, vivificar é dar vida, portanto: vivificar é o ato ou
ação de viver, usufruir a vida espiritual que Deus concedeu.
iii. Purificação (Tt
3:5). Alma lavada
completamente das imundícies de outrora.
c. Santificação. Santificar é tornar sagrado, separar,
consagrar, fazer santo. Portanto santificação significa estar separado de tudo
quanto seja terreno e humano (1Pe 3:11), dedicado a Deus no sentido de ser sua
propriedade (Rm 12:1). Santificação é um processo contínuo, pois, o crente
precisa progredir em santificação (2Co 7:1). Os meios são: o sangue de Cristo
(1Jo 1:7), o Espírito Santo (Fm 1:6) e a palavra de Deus (Jo 17:17)
d. Glorificação. Glorificação é o futuro recebimento da
absoluta perfeição para todos os crentes. É a adoção completada do crente.
Acontecerá somente no Arrebatamento da Igreja, ocasião em que nossos corpos
serão transformados em um corpo glorioso e incorruptível (Fp 3:21; 1Ts 4:13-18;
1Co 15:49).
CONCLUSÃO
A salvação é o chamado essencial que Deus nos ofereceu mediante o
sacrifício de Cristo, que por Seu sangue nos limpa de todo pecado. Ela é o
maior dom que o Senhor poderia nos oferecer através de Seu Filho, dom outorgado
segundo a Sua soberana vontade para todos aqueles que nEle crer (Jo 3:16).
REFERÊNCIAS
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