TEXTO: Mateus 7:24-27
´´Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.´´
Verdade prática: Tal como existem dois senhores e duas portas, existem dois fundamentos (Mt 6:24; 7:13,14). Estamos na porta estreita, servindo ao Senhor dos exércitos e fundamentados na Rocha ou na porta larga, servindo a outro senhor e fundamentados na areia?
INTRODUÇÃO. Esse
discurso foi verbalizado por Jesus como encerramento ao sermão do
monte, famoso discurso que encontra-se no Evangelho segundo escreveram
Mateus e Lucas (Mt 5:1–7:29; Lc 6:20-49). Jesus contou a ilustração
para destacar as ações dos construtores, não a aparência ou a localização das
casas, nem o poder dos elementos da natureza. Um homem cavou fundo, ao passo
que o outro não. Observe as figuras da parábola:
NA PARÁBOLA |
NA PRÁTICA |
TEXTO |
Casa |
Vida (ministerial, espiritual...) |
Lc 14:28-33 |
Homem prudente |
Cristão prudente, praticante |
Sl 1:1-3; Tg 1:22,25; 1Jo 2:17 |
Fundamento: Rocha |
Cristo |
Sl 18:2; 118:22; Is 28:16; At 4:11 |
Alicerce |
Fé, palavra de Deus |
Is 40:8; Hb 11:1; 1Pe 1:25 |
Chuva, inundações, ventos |
Adversidades da vida |
Mt 14:22-33 |
Homem insensato |
Cristão tolo, apenas ouvinte |
Sl 1:4-6; Tg 1:23,24 |
Fundamento: Areia |
Fundamentos diversos |
Gl 1:8,9 |
I- A PARÁBOLA DOS DOIS FUNDAMENTOS
1. A CASA SOBRE A ROCHA (vs.24,25)
a. Um
homem discreto, prudente (vs.24). Construiu sua casa sobre a rocha e
prevaleceu ela contra a chuva, as inundações, e sopraram os ventos e
açoitaram a casa, mas ela não desmoronou porque foi fundada na rocha.
b. Uma construção
firme (vs.24,25). Esta casa após construída, se revelou firme, estável
e involátil a quaisquer influências da natureza devido ao seu fundamento – a
rocha. Para que ficasse firme, o construtor precisou trabalhar com afinco, sem
preguiça, com esforço e dedicação, ele CAVOU, DESCEU fundo e LANÇOU o alicerce
sobre a rocha.
i. Cavar
a rocha. O homem cavou a rocha para ter acesso ao interior desta e
assim, conseguir construir o alicerce;
ii. Descer
fundo. Depois de cavar, o homem penetra o mais fundo possível no
interior do fundamento, através da fenda aberta por ele quando cavou, de modo
que “cavou e desceu fundo” para atingir uma camada de rocha (Lc 6:48).
iii. Lançar
o alicerce. Ao atingir o nível mais profundo do fundamento – rocha;
ele lança o alicerce, que será inabalável, pois, está profundamente lançado
sobre a rocha.
c. Construção bem
sucedida (vs.25). Por acertar na escolha do firmamento e alicerce, a
casa não caiu, sequer se moveu durante a tempestade, pois, sua base está
fincada na rocha.
2. A
CASA SOBRE A AREIA (vs.25-27)
a. Um
homem tolo, insensato (vs.25). Construiu sua casa sobre a areia,
então caiu a chuva, vieram as inundações, e sopraram os ventos e bateram
contra aquela casa, e ela desmoronou, e foi grande a sua queda.
b. Uma construção
volátil (vs.25-27). A casa na areia é sinônimo de fragilidade,
volatilidade as tempestades, ventos e inundações. Isso ocorre porque ela:
i. Fundamento
mal escolhido (vs.25). A areia é suscetível a mudanças de acordo com
as reações naturais apresentadas a ela. Enquanto a primeira casa é imóvel e não
é influenciada pelas ações naturais, essa reage a qualquer alteração porque seu
fundamento é ruim.
ii. Não
possui alicerce (vs.26). Ela não possui o alicerce ideal. Ainda que o
homem tivesse CAVADO, DESCIDO fundo e LANÇADO um alicerce, ainda sim, a casa
cairia devido ao fundamento mal escolhido para a construção da casa– areia;
iii. O
terreno é instável (vs.27). O solo arenoso é ruim e varia de acordo
com o clima. Será levado pela água, movido pelo vento e açoitado pelas ondas.
c. Construção mal
sucedida (vs.27). Simplesmente CONSTRUIU sem se preocupar com o
fundamento, alicerce ou a base de sustentação e por isso a casa caiu.
II- A PARÁBOLA DOS FUNDAMENTOS NA PRÁTICA
1. UMA VIDA FUNDAMENTADA EM CRISTO
a. Cristão
discreto, prudente. Este se assemelha ao homem prudente da parábola
que edificou a casa sobre a rocha. Na prática, representa o cristão que edifica
sua vida em Cristo, tendo por alicerce a palavra de Deus colocada em
prática. A chuva, as inundações, e os ventos que sopraram e açoitaram a
casa falam das situações adversas da vida. Este é o cristão que permanece firme
em Deus não levado por ventos de doutrina ou diante das tempestades da vida,
sejam lutas, tentações, provações, adversidades ou enfermidades porque está
firmado na rocha – Cristo.
b. Vida
constante. Ele está em Cristo, é nova Criatura (2Co 5:17). Mantêm sua
fé constante, firmeza e maturidade espiritual. Não se rende aos ventos e falsas
doutrinas de homens, demônios, fariseus, nicolaítas, etc. (Ef 4:11-15). O
prudente conhece verdadeiramente a palavra e a pratica, teme a Deus e rejeita
toda a forma de mal (Pv 27:12; Tg 1:22-25). Esse cristão:
i. Cavando
em Cristo. De fato, cavar fundo para construir sobre a rocha lhe traz
bênçãos agora e no futuro, pois, quem o faz terá fundamento perpétuo (Pv 10:25). Expressa o sentido de perfurar, abrir uma
cavidade, encontrar brecha, espaço ou lugar na presença de Cristo, a nossa
rocha.
ii. Descendo em Cristo. Descer fundo fala de penetrar as
profundezas espirituais de Cristo, a rocha eterna, através da comunhão que
temos com Ele pelo Espírito Santo, por meio da humildade. Denota também o
sentido de humilhação, pois, só assim Deus se dá a conhecer e revela seus mistérios
(Tg 4:6-10; 1Pe 5:6-10).
iii.
Lançando o alicerce em Cristo. Fala de atirar, jogar ou
arremessar um alicerce dentro da rocha perfurada e penetrada assim como devemos
fazer com a ansiedade. Precisamos cavar em Cristo e descer fundo para lançarmos
nosso alicerce (Sl 37:5; 1Pe 5:6). Apenas assim nossa vida resistirá aos
embates desta vida.
c. Bem
sucedido. Assim é aquele que ouve as palavras de Cristo e as pratica,
afinal, nem só de pão vive o homem (Mt 4:4). Seu alicerce é a fé na palavra e
seu fundamento é Cristo!
2. UMA VIDA FUNDAMENTADA EM OUTROS PRINCÍPIOS
a. Cristão
tolo, insensato. Este se assemelha ao homem tolo da parábola que
edificou a casa sobre a areia. Literalmente, representa o cristão que não
edifica sua vida em Cristo e não tem a palavra como alicerce ou não a coloca em
pratica.
b. Vida
inconstante. Não se entregou a Cristo plenamente, tem a fé tão volátil
quanto a areia, sujeita a ser abalada por filosofias de homens, ventos de
doutrina. Ainda não cresceu espiritualmente, além de imaturo, necessita de
leite, pois, não suporta um alimento mais sólido. Isso ocorre devido aos
seguintes motivos:
i. Fundamento
ruim. Não está fundamentado na palavra ou não a pratica. Além do
fundamento ser ruim, pois, não está pautado na palavra, sua fé é morta
porquanto não é acompanhada por obras.
ii. Ausência
de alicerce. Sequer se preocupa com um alicerce tal como o homem da
parábola. A falta um firmamento torna a casa – vida; fragilmente sujeita a
desastres naturais independente a proporção destes. É incapaz de se manter
firme, constante e pautado porque o fundamento é volátil e está sempre
variando, devido a isso e a falta de um alicerce que a casa se torna um alvo
frágil.
iii.
Terreno ruim. O coração desse cristão é um solo
tal como a areia descrita na parábola. A semente da palavra não alcança seu
solo, quando alcança não gera frutos porque é um solo ruim, despreparado,
inapto para receber a semente de Deus. É um solo arenoso, seco, rachado e
infértil para germinar uma semente.
c. Mal
sucedido. A despreocupação desse tipo de cristão leva sua casa – vida;
a ruína porque não subsistiu as adversidades da vida. Sua rejeição ao bom
fundamento – Cristo; e negação quanto a necessidade de um alicerce – fé,
palavra; faz com que sua casa – vida; desmorone diante do opróbrio.
CONCLUSÃO. As
duas casas enfrentaram a chuva, as inundações e os ventos que bateram
contra ambas, contudo, apenas uma permaneceu intacta. Ainda que fossem da mesma
medida, matéria prima, número de cômodos ou estivessem uma ao lado da outra, a
ênfase está no fundamento e no alicerce escolhido por cada construtor. Um se
dedicou com afinco e foi recompensado com uma casa sólida, enquanto o outro não
planejou, se apressou e frustrou com o resultado calamitoso do seu trabalho. O
Mestre ensinou que o planejamento deve ser aplicado a tudo, inclusive às nossas
vidas, pois, a casa que não resiste é semelhante a torre que começou a ser
edificada, mas não acabada. ´´ Assim, pois, qualquer de vós que não
renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.´´ - Lucas 14:33.
Nenhum comentário:
Postar um comentário