terça-feira, 17 de novembro de 2020

A PARÁBOLA DOS DOIS FUNDAMENTOS

TEXTO: Mateus 7:24-27

´´Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;

E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.

E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;

E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.´´

Verdade prática: Tal como existem dois senhores e duas portas, existem dois fundamentos (Mt 6:24; 7:13,14). Estamos na porta estreita, servindo ao Senhor dos exércitos e fundamentados na Rocha ou na porta larga, servindo a outro senhor e fundamentados na areia?

INTRODUÇÃO. Esse discurso foi verbalizado por Jesus como encerramento ao sermão do monte, famoso discurso que encontra-se no Evangelho segundo escreveram Mateus e Lucas (Mt 5:1–7:29; Lc 6:20-49). Jesus contou a ilustração para destacar as ações dos construtores, não a aparência ou a localização das casas, nem o poder dos elementos da natureza. Um homem cavou fundo, ao passo que o outro não. Observe as figuras da parábola: 

 

NA PARÁBOLA

NA PRÁTICA

TEXTO

Casa

Vida (ministerial, espiritual...)

Lc 14:28-33

Homem prudente

Cristão prudente, praticante

Sl 1:1-3; Tg 1:22,25; 1Jo 2:17

Fundamento: Rocha

Cristo

Sl 18:2; 118:22; Is 28:16; At 4:11

Alicerce

Fé, palavra de Deus

Is 40:8; Hb 11:1; 1Pe 1:25

Chuva, inundações, ventos

Adversidades da vida

Mt 14:22-33

Homem insensato

Cristão tolo, apenas ouvinte

Sl 1:4-6; Tg 1:23,24

Fundamento: Areia

Fundamentos diversos

Gl 1:8,9


I- A PARÁBOLA DOS DOIS FUNDAMENTOS

1. A CASA SOBRE A ROCHA (vs.24,25)

a. Um homem discreto, prudente (vs.24). Construiu sua casa sobre a rocha e prevaleceu ela contra a chuva, as inundações, e sopraram os ventos e açoitaram a casa, mas ela não desmoronou porque foi fundada na rocha.

b. Uma construção firme (vs.24,25). Esta casa após construída, se revelou firme, estável e involátil a quaisquer influências da natureza devido ao seu fundamento – a rocha. Para que ficasse firme, o construtor precisou trabalhar com afinco, sem preguiça, com esforço e dedicação, ele CAVOU, DESCEU fundo e LANÇOU o alicerce sobre a rocha.

i.      Cavar a rocha. O homem cavou a rocha para ter acesso ao interior desta e assim, conseguir construir o alicerce;

ii.    Descer fundo. Depois de cavar, o homem penetra o mais fundo possível no interior do fundamento, através da fenda aberta por ele quando cavou, de modo que “cavou e desceu fundo” para atingir uma camada de rocha (Lc 6:48).

iii.     Lançar o alicerce. Ao atingir o nível mais profundo do fundamento – rocha; ele lança o alicerce, que será inabalável, pois, está profundamente lançado sobre a rocha.

c. Construção bem sucedida (vs.25). Por acertar na escolha do firmamento e alicerce, a casa não caiu, sequer se moveu durante a tempestade, pois, sua base está fincada na rocha. 

 

2. A CASA SOBRE A AREIA (vs.25-27)

a. Um homem tolo, insensato (vs.25). Construiu sua casa sobre a areia, então caiu a chuva, vieram as inundações, e sopraram os ventos e bateram contra aquela casa, e ela desmoronou, e foi grande a sua queda.

b. Uma construção volátil (vs.25-27). A casa na areia é sinônimo de fragilidade, volatilidade as tempestades, ventos e inundações. Isso ocorre porque ela:

i.    Fundamento mal escolhido (vs.25). A areia é suscetível a mudanças de acordo com as reações naturais apresentadas a ela. Enquanto a primeira casa é imóvel e não é influenciada pelas ações naturais, essa reage a qualquer alteração porque seu fundamento é ruim.

ii.      Não possui alicerce (vs.26). Ela não possui o alicerce ideal. Ainda que o homem tivesse CAVADO, DESCIDO fundo e LANÇADO um alicerce, ainda sim, a casa cairia devido ao fundamento mal escolhido para a construção da casa– areia;

iii.   O terreno é instável (vs.27). O solo arenoso é ruim e varia de acordo com o clima. Será levado pela água, movido pelo vento e açoitado pelas ondas.

c. Construção mal sucedida (vs.27). Simplesmente CONSTRUIU sem se preocupar com o fundamento, alicerce ou a base de sustentação e por isso a casa caiu. 

II- A PARÁBOLA DOS FUNDAMENTOS NA PRÁTICA

1. UMA VIDA FUNDAMENTADA EM CRISTO

a. Cristão discreto, prudente. Este se assemelha ao homem prudente da parábola que edificou a casa sobre a rocha. Na prática, representa o cristão que edifica sua vida em Cristo, tendo por alicerce a palavra de Deus colocada em prática. A chuva, as inundações, e os ventos que sopraram e açoitaram a casa falam das situações adversas da vida. Este é o cristão que permanece firme em Deus não levado por ventos de doutrina ou diante das tempestades da vida, sejam lutas, tentações, provações, adversidades ou enfermidades porque está firmado na rocha – Cristo.

b.  Vida constante. Ele está em Cristo, é nova Criatura (2Co 5:17). Mantêm sua fé constante, firmeza e maturidade espiritual. Não se rende aos ventos e falsas doutrinas de homens, demônios, fariseus, nicolaítas, etc. (Ef 4:11-15). O prudente conhece verdadeiramente a palavra e a pratica, teme a Deus e rejeita toda a forma de mal (Pv 27:12; Tg 1:22-25). Esse cristão:

i.     Cavando em Cristo. De fato, cavar fundo para construir sobre a rocha lhe traz bênçãos agora e no futuro, pois, quem o faz terá fundamento perpétuo (Pv 10:25). Expressa o sentido de perfurar, abrir uma cavidade, encontrar brecha, espaço ou lugar na presença de Cristo, a nossa rocha.

ii.     Descendo em Cristo. Descer fundo fala de penetrar as profundezas espirituais de Cristo, a rocha eterna, através da comunhão que temos com Ele pelo Espírito Santo, por meio da humildade. Denota também o sentido de humilhação, pois, só assim Deus se dá a conhecer e revela seus mistérios (Tg 4:6-10; 1Pe 5:6-10).

iii.    Lançando o alicerce em Cristo. Fala de atirar, jogar ou arremessar um alicerce dentro da rocha perfurada e penetrada assim como devemos fazer com a ansiedade. Precisamos cavar em Cristo e descer fundo para lançarmos nosso alicerce (Sl 37:5; 1Pe 5:6). Apenas assim nossa vida resistirá aos embates desta vida.

c. Bem sucedido. Assim é aquele que ouve as palavras de Cristo e as pratica, afinal, nem só de pão vive o homem (Mt 4:4). Seu alicerce é a fé na palavra e seu fundamento é Cristo!

 

2. UMA VIDA FUNDAMENTADA EM OUTROS PRINCÍPIOS

a. Cristão tolo, insensato. Este se assemelha ao homem tolo da parábola que edificou a casa sobre a areia. Literalmente, representa o cristão que não edifica sua vida em Cristo e não tem a palavra como alicerce ou não a coloca em pratica.

b. Vida inconstante. Não se entregou a Cristo plenamente, tem a fé tão volátil quanto a areia, sujeita a ser abalada por filosofias de homens, ventos de doutrina. Ainda não cresceu espiritualmente, além de imaturo, necessita de leite, pois, não suporta um alimento mais sólido. Isso ocorre devido aos seguintes motivos:

i.      Fundamento ruim.  Não está fundamentado na palavra ou não a pratica. Além do fundamento ser ruim, pois, não está pautado na palavra, sua fé é morta porquanto não é acompanhada por obras.

ii.     Ausência de alicerce. Sequer se preocupa com um alicerce tal como o homem da parábola. A falta um firmamento torna a casa – vida; fragilmente sujeita a desastres naturais independente a proporção destes. É incapaz de se manter firme, constante e pautado porque o fundamento é volátil e está sempre variando, devido a isso e a falta de um alicerce que a casa se torna um alvo frágil.

iii.     Terreno ruim. O coração desse cristão é um solo tal como a areia descrita na parábola. A semente da palavra não alcança seu solo, quando alcança não gera frutos porque é um solo ruim, despreparado, inapto para receber a semente de Deus. É um solo arenoso, seco, rachado e infértil para germinar uma semente.

c.  Mal sucedido. A despreocupação desse tipo de cristão leva sua casa – vida; a ruína porque não subsistiu as adversidades da vida. Sua rejeição ao bom fundamento – Cristo; e negação quanto a necessidade de um alicerce – fé, palavra; faz com que sua casa – vida; desmorone diante do opróbrio.

CONCLUSÃO. As duas casas enfrentaram a chuva, as inundações e os ventos que bateram contra ambas, contudo, apenas uma permaneceu intacta. Ainda que fossem da mesma medida, matéria prima, número de cômodos ou estivessem uma ao lado da outra, a ênfase está no fundamento e no alicerce escolhido por cada construtor. Um se dedicou com afinco e foi recompensado com uma casa sólida, enquanto o outro não planejou, se apressou e frustrou com o resultado calamitoso do seu trabalho. O Mestre ensinou que o planejamento deve ser aplicado a tudo, inclusive às nossas vidas, pois, a casa que não resiste é semelhante a torre que começou a ser edificada, mas não acabada. ´´ Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.´´ - Lucas 14:33.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AVISO: MANUTENÇÃO DO BANCO DE DADOS

Devido a manutenção do servidor, alguns hiperlinks podem não concluir a busca e apresentar o seguinte aviso: Desculpe o transtorno. Estamos ...

Mais visitadas